domingo, 27 de novembro de 2011

Leitura para as crianças

Como anda a rotina de leitura para as crianças na escola em que você trabalha? Todas as crianças tem essa oportunidade? Qual a importância desse momento para as crianças?
 
Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral. "Por meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e valores", diz Márcia Tim, professora de literatura do Colégio Augusto Laranja, de São Paulo (SP).
A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita. A proximidade com o mundo da escrita, por sua vez, facilita a alfabetização e ajuda em todas as disciplinas, já que o principal suporte para o aprendizado na escola é o livro didático. Ler também é importante porque ajuda a fixar a grafia correta das palavras.
Quem é acostumado à leitura desde bebezinho se torna muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida.
Algumas dicas para você e que também podem ser repassadas para os pais nas reuniões ou na agenda das crianças:
7 excelentes razões para ler com as crianças 
Ouvir, ler em voz alta, ler em conjunto, conversar sobre livros, desenvolve a inteligência e a imaginação.
Os livros enriquecem o vocabulário e a linguagem.
As imagens, informações e ideias dos livros alargam o conhecimento do mundo.
Quem tem o hábito de ler conhece-se melhor a si próprio e compreende melhor os outros.
Ler em conjunto é divertido, reforça o prazer do convívio.
Os laços afectivos entre as crianças e os adultos que lhes lêem tornam-se mais fortes.
A leitura torna as crianças mais calmas, ajuda-as a ganhar autoconfiança e poder de decisão.

5 conselhos às famílias 
1 - Incluir os livros no dia-a-dia das crianças
• À noite quando as crianças já estão na cama, leia-lhes antes de adormecerem. Os livros acalmam e dão serenidade.
•Aproveite alguns momentos de pausa ou de convívio para ler.
•O momento do banho pode incluir livros de plástico ou de borracha.
2 - Tornar a leitura uma atividade divertida
•As crianças pequenas gostam de descobrir as imagens e as histórias dos livros. E começam muito cedo a querer aprender a ler.
•Faça das imagens e das histórias dos livros uma espécie de brinquedos. As crianças adoram descobrir imagens, letras, palavras e adoram ouvir e ler histórias.
•Deixe a criança escolher o livro que quer ler consigo. Pode propor outros livros, mas não force. É importante que leia ou ouça ler com prazer.
3 - Guardar alguns minutos para ler
•Reserve sempre alguns minutos do dia para ler, observar e conversar sobre os livros que a criança aprecia.
•Torne os momentos de leitura alegres e carinhosos. O tempo passará a correr.
•As crianças pequenas não aguentam muito tempo, quando está cansada ou desinteressada, não se deve forçar. À medida que as crianças vão crescendo passam a gostar de ver livros e ouvir ler histórias durante mais tempo.
4 - Visitar as Bibliotecas
•Bibliotecas públicas são muito acolhedoras e estão cheias de livros interessantes, para todas as idades. Visite a que fica mais perto da sua casa, ou do seu local de trabalho. O atendimento é muito agradável e o empréstimo é gratuito!
•Experimente ir com os seus filhos. Nas bibliotecas há sempre um espaço próprio para crianças.
•As bibliotecas escolares também emprestam livros para as crianças lerem em casa. Encoraje os seus filhos a usar mais a biblioteca da escola.
•Requisite livros para ler em casa com os seus filhos. Vai ver que toda a família ficará cliente.
5 - Oferecer livros às crianças
•Habitue a criança a escolher um livro para dar aos amigos como presente.
•Visite livrarias, supermercados e feiras do livro e deixe a criança mexer nos livros expostos. Valorize o livro e a leitura oferecendo livros aos seus filhos.
•Convide-a a observar, folhear e escolher um ou alguns para levar para casa ou para oferecer.

Como ler com as crianças
Mostre a capa, mostre os livros e fale sobre as ilustrações.
Deixe a criança virar a página, se ela quiser.
Torne a história viva, faça uma voz diferente para cada personagem e use mímica para contar a história.
Quando a criança começa a saber ler deixe-a ler palavras e frases.
Faça perguntas e converse sobre a história, sobre as informações e sobre as imagens.
Deixe a criança comentar o livro, contar a história ou partes da história.
Se a criança não mostrar interesse não insista. Leia outra história ou leia a mesma história noutra altura
Se a criança pedir, volte a ler a mesma história uma ou várias vezes. É frequente as crianças quererem ouvir muitas vezes uma história que lhes agrada.

Sugestões para reforçar interesse pelos livros
Faça perguntas divertidas sobre as imagens, sobre as situações observadas e sobre a história.
Faça jogos de descoberta e adivinhas para suscitar a atenção.
Ilustre passagens, desenhando ou pintando com as crianças.
Recorte figuras de jornais e revistas e fazer colagens colar para reconstituir cenas do livro.
Peça à criança que conte a história ou partes da história.
Faça versos e rimas sobre a história que encaixem em músicas conhecidas para poderem ser cantadas.
Dramatize cenas que reproduzam os momentos da história, distribuindo papéis.
Use fantoches, ou silhuetas de teatro de sombras para dramatizar cenas que reproduzam os momentos da história.
Leia muito e incentive a leitura.
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/importancia-leitura-521213.shtml

Educação Infantil, que espaço é esse?

Pensando sobre a difícil tarefa de cuidar e educar crianças pequenas e sobre o trabalho de muitas professoras, acabei conhecendo um pouco dos desafios do trabalho com esta faixa etária, na cidade de Estéio no Rio Grande do Sul. Compartilho com você um texto escrito por uma professora de berçário.

E a Educação Infantil? O que sabemos sobre ela?
Por Marisete Schmidt*
Quando fui convidada pelo Sindicato para escrever nesse espaço, fiquei dias me perguntando de onde deveria partir, o que escrever a respeito da educação infantil. Justifico minha preocupação pelo fato de ser a Educação de crianças pequenas algo ainda em construção (e diria até desconstrução).
Em cada escola e em cada turma de crianças percebe-se olhares diferenciados para tratar dessa chamada “educação”. Penso que esses olhares vão depender da visão de infância que cada profissional mantém dentro de si. E já poderia terminar esse texto aqui, chegando ao ponto de (re) lembrar que a educação infantil é o professor viver a infância junto com a criança, tornar o tempo que ela está na escola prazeroso, esquecer o controle de corpos (“fiquem sentados”, “brinquem somente no tapetinho”, “não pula fulaninho”), liberar os movimentos, as falas, exercitar a escuta sensível, conversar com a criança!
Mas ao seguir esse texto penso ser importante convidá-los a pensar em como a criança permanece quase 12 horas dentro de uma instituição de educação coletiva? Quais as visões que recaem sobre elas?
Enquanto profissionais ainda estamos lutando para entender a temática educação x cuidado. E assim, não é difícil percebermos ações extremamente escolarizantes e focados no interesse do adulto (muitos ‘trabalhinhos”, tudo deve ficar registrado, a criança tem que atingir os objetivos propostos pelas suas professoras, pautados num projeto da Escola). Onde estão os objetivos da criança? Quando ela chega na escola e propõe o que gostaria de fazer naquele dia?
Há também as turmas (geralmente das crianças menores de 3 anos) em que o cuidado ocupa todo o tempo e todas as energias das profissionais, logo não sobra espaço para um brincar com a interação do professor e nem para um cuidado mais pensado. E daí explico novamente: o cuidado na educação infantil vem a ser um fator muito importante, ele acontece o tempo todo e acoplando-o com o que chamamos de “educar” deve ser mais pensado! Não separamos o cuidar das atividades prazerosas ou de momentos mais livres, então esse cuidar não pode servir de desculpa para não aproveitarmos mais o tempo junto das crianças. Se uma criança precisa de uma troca de fraldas e por consequência de um banho, o professor pode fazer desse momento, um espaço para conversar com a criança, para brincar, para escutá-la (não somente através da fala, mas também dos olhares, gestos e até do silêncio!). E essa troca de fraldas e/ou banho deve aparecer da algum modo nos meus registros de professor.. O que eu pensei sobre esse momento? Com certeza não há tempo docente para tantos registros, mas o educador tem que ter em mãos o que justifica suas ações com as crianças. O meu cuidar/educar deve ser visível quando ao limpar o nariz de uma criança eu lhe convido para essa ação, ou quando eu lhe aviso que vou limpar o seu nariz, sem tornar aquele ato mecânico ou rotineiro, dando para a criança a consciência do que está acontecendo.
E é isso que vem se debatendo, a respeito da educação infantil... Que ela seja um espaço de bem-estar, de experiências prazerosas, de conquistas e descobertas. Sendo o seu professor, uma pessoa que irá (re) pensar as minúcias do cotidiano, tornando agradável esse ficar 12 horas longe de sua casa, mas num ambiente acolhedor e pensado para ela.
Conheça o trabalho da professora no blog

Hora da História. Que delícia!!!

Sou demasiado pequena para ir à escola

Sou Demasiado Pequena para ir à EscolaCom Charlie e Lola
de Lauren Child Edição/reimpressão: 2005
Páginas: 32
Editor: Oficina do Livro
Faixa etária: dos 3 aos 5 anos

Sinopse
A Lola está convencida de que é demasiado pequena para ir à escola. Com muita criatividade, Charlie, o seu irmão mais velho, convence-a a mudar de ideias.

Vencedora do Smarties Gold Award
Vencedora da Kate Greenaway Medal
Finalista dos Bristish Book Awards - Children´s Book of the Year

"Nenhuma criança deve iniciar a vida escolar sem este livro."
 

Dasabafos de uma educadora

Estive a pensar sobre minha trajetória...

Sonhava em trabalhar com as crianças pequenas. O curso de magistério, o primeiro estágio, em uma  sala  no pré-escolar. Encantamento! 
Anos depois, minha primeira turma de Educação Infantil em uma escola só de Educação Infantil. Afinal, tinha muito medo de pegar crianças maiores!!!
Os anos se passaram e lá estava eu, 1º período, 2º período, 3º período, sempre na pré-escola.
E uma professora tão apaixonada pela Educação não podia escolher outro curso se não PEDAGOGIA. Foi então que quis conhecer o trabalho do Ensino Fundamental em uma escola de Ensino Fundamental e uma grande experiência: uma turma de crianças de 06 anos, FASE INTRODUTÓRIA. Quantos desafios, quantas aprendizagens.
Conclui então o curso de pedagogia que me fez ampliar o olhar, conhecer e discutir novas experiências, refletir sobre aquilo que até então era o certo, a partir do que eu sabia fazer. 
Pós Graduação em Alfabetização, afinal este era o meu foco no momento. Mais uma pós e desta vez Especialista em Educação Infantil, afinal esta paixão estava lá, guardadinha!
Mas a oportunidade da coordenação chegou e com ela o grande desafio de fazer de uma instituição um espaço de cuidar e educar e eu sabia bem o que era isso, afinal tinha me debruçado nesta disciplina na graduação. 
Coincidência? Não. Destino mesmo.
Muitos desafios, estudo, decepções, conflitos e muitas, muitas aprendizagens!
Todos os que passaram deixaram um pouco de si e talvez levaram um pouco também. Mas eu, levei muito, de todos, adultos e crianças.
E aqui estou eu, hoje coordenadora da Rede municipal de Ensino, responsável pelo Núcleo de Educação Infantil.
Pare e pense: MUITA COISA!!!!!
Muito trabalho, estudo, referência, discussão, responsabilidade, construção, desafios, angústias, alegrias, conquistas, amizades, confiança, autonomia, prudência, organização...
E nessa trajetória muitas pessoas especiais.
Pessoas que passaram e marcaram pela tristeza e pela alegria, pela inveja e pelo respeito, mas que de alguma forma me fizeram caminhar sempre em frente e me fazer acreditar que é possível fazer uma Educação de Qualidade para as Crianças Pequenas.
Preciso dizer sobre minhas conquistas, meus desafios, minhas alegrias. Preciso valorizar cada dia, afinal todos muito turbulentos.
Valeu e vale muito a pena!!!!

Pensando em tudo isso que encontrei esse texto e compartilho com você.

"Falta-nos cada vez mais oxigénio para aguentarmos os nossos mergulhos diários na vida. Escassas são as coisas que nos sabem bem, raramente nos debruçamos sobre o bom e o positivo da vida, pouco partilhamos as vitórias. Essas parecem não chamar hoje a atenção de ninguém, não terem impacte nem venda. Basta repararmos nas mensagens que nos chegam da comunicação social para vermos infinitas razões para desânimo.
Se não andarmos felizes, como poderemos transmitir e ensinar aos outros alegria e vontade de viver? Como conseguiremos acreditar, e levar os outros a acreditar, que o que aí vem, no futuro, será melhor? De que forma passaremos a ideia de que é bom crescer e vale a pena ser adulto?
Por tudo isto nós professores e pais, sentimos interiormente a necessidade de iniciar uma nova era em que se respire positividade e êxito, se construam e se partilhem histórias bem conseguidas, e se criem maneiras de cada um se embrenhar nos pequenos-grandes sucessos de cada dia ao mesmo ritmo compulsivo com que hoje se afunda nas impossibilidades.
Mais do que um destino, o optimismo é uma doce e entusiasmada forma de viagem. Pelo optimismo podemos chegar a uma maior vontade de viver, a uma melhor saúde, e a maior estabilidade emocional."

Beijocas coloridas para vocês!

Aprender sempre: uma tarefa para todos nós educadores.

Como professora, pedagoga e coordenadora de uma rede de ensino infantil, apresento boas sugestões de leitura para profissionais que se interessam por uma educação de qualidade e pelo trabalho com a criança pequena.
  • Com olhos de criança ( Francesco Tonucci)
  • Linguagens Geradoras: Seleção e articulação de conteúdos em educação infantil (Gabriel de Andrade Junqueira Filho)
  • Brincar e Viver: Projetos em Educação Infantil (Ivanise Corêa Rezende Meyer)
  • A educação infantil como projeto da comunidade (Aldo Fortunati)
  • Sabores, cores, sons, aromas: a organização dos espaços na educação infantil (Maria da Graça Souza Horn)
  • Por amor e por força: rotinas na educação infantil (Maria Carmen Silveira Barbosa)
  • Infâncias: Cidades e escolas amigas das crianças (Euclides Redin - org)
  • Infância Plural (Altino José martins Filho - org)
  • Criança pede respeito (Altino José Martins Filho - org)
  • Os fazeres na Educação Infantil (Maria Clotilde Rosseti-Ferreira)
  • Brinquedo e infância: um guia para pais e educadores em creche (Santa Marli Pires dos Santos)
  • Educação Infantil: Fundamentos e Métodos (Zilma Ramos de Oliveira)
  • O dia-a-dia das creches e pré-escolas. Crônicas Brasileiras. (Ana Maria Mello e colaboradores)
  • Educação Infantil Para que te quero? (Carmem Craidy e Gládis E. Kaercher)
  • projetos Pedagógicos na Educação Infantil (Maria Carmem Silveira Barbosa e Maria das Graças Souza Horn)
  • Tornando visível a aprendizagem das crianças. Educação Infantil em Reggio Emilia (Linda Kinney e Pat Wharton)
Uma boa leitura para você.

Hora da história. Que delícia!!!

Essa história é demais...... as crianças vão adorar. O cachorrinho de estimação que se chama Pum. É um tal de não conseguir segurar o Pum, que é barulhento e atrapalha os adultos. Os trocadilhos existentes no livro irão fizer o maior sucesso, pode apostar!!!!

Segue abaixo o link do trailer do livro.

http://www.youtube.com/watch?v=HEjPPOMdYm8&feature=player_embedded

Educação Infantil em Nova Lima

Encontro de formação das Creches, CEI e Escola de Educação Infantil

O encontro aconteceu no CEI Nancy Romani Duarte, prédio I e contou com a presença das coordenadoras e supervisoras da Creche Menino Jesus, CEI Nancy Romani Duarte e Escola Municipal Carlos Henrique Róscoe.

O encontro teve como objetivos:
·       Socializar as ações com o Projeto Institucional - Artes - O desenho da criança;
·       Discutir e socializar a organização do trabalho pedagógico das instituições, no que se referem aos tempos, espaços e atividades desenvolvidas;
·       Pensar em formas de intervenção para ajudar os professores em sua prática pedagógica;
·       Retomar aspectos importantes no trabalho com o Brincar e a Cultura Escrita.
Iniciamos o nosso encontro com a seguinte imagem:
Iniciamos nossas discussões a partir da imagem e de nossa responsabilidade diante de cada criança que é admitida, mesmo quando a turma já está completa.
Foram muitas discussões, retomada aos objetivos do último encontro, dúvidas e socializações do trabalho desenvolvido por cada uma das participantes na instituição em que trabalha. Um espaço de troca, de socializar desafios e conquistas.

Alguns registros de avanços nas instituições:
  • Creche Menino Jesus: A coordenadora relatou a atividade planejada em todas as turmas do 1º turno com a Linguagem Plástica. Destacou a sua participação durante a atividade, o envolvimento das professoras e crianças, mesmo os mais pequenos, e a devolutiva para as professoras. Este é o espaço do coordenador: planejar junto com o professor, observar, documentar e realizar uma devolutiva apontando avanços e pontos que merecem maior investimento;
  • CEI Nancy Romani Duarte: As coordenadoras e supervisoras relataram a "Rodona" que vem acontecendo mensalmente na instituição. Um momento planejado por todos os professores do turno para socializarem atividades desenvolvidas com as crianças em sala;
  • E. M. Carlos Henrique Róscoe: Os encontros de formação. Este foi o ponto destacado pela supervisora e coordenadora da instituição. Um espaço que vem se fortalecendo dentro da instituição e oportunizando estudo e reflexão sobre a prática. A exposição das produções da crianças, os avanços em relação à escrita dos professores no Portfólio e a prática do desenho com as crianças, cada vez mais rica também mereceram destaque nos relatos.
Assim o grupo se fortalece a cada encontro em relação às questões do atendimento em horário integral à criança pequena.













sábado, 26 de novembro de 2011

Reflexões de um educador.

Abro este espaço para compartilhar as reflexões de um educador: Glauber Lopes e divulgar mais um espaço de boas produções que irá contribuir com o universo dos educadores.

"Certamente não se faz educação sem cooperação, não se faz educação sem a troca, não é possível educar sem antes ser educado. Precisamos aprender a caminhar juntos, a depender do outro, a sermos ousados, a valorizar aquilo que é belo, aquilo que nos move que nos faz ser grandes. Precisamos unir forças, tocar a mesma canção e estar em uma única sintonia, pois estas atitudes nos tornarão forte, nos levará ao mesmo caminho e nos proporcionará a realização daquilo que nos é proposto."



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Baú de ideias

O Natal vem chegando e as crianças já começam a ficar eufóricas com os enfeites, os presentes e a desejada presença do velhinho mais querido: o Papai Noel.
É uma festa religiosa que faz parte de nossa cultura mas que deve ser cuidadosamente preparada pela escola em respeito a todas as religiões, lembrando que a escola pública é Laica e todas as religiões e crenças devem ser valorizadas.
Para esse trabalho trago algumas ideias que podem ser confeccionadas com a participação das crianças para decorar a sala, a escola e também serem levadas para casa.
Árvore de Natal com embalagens de ovos, de garrafas pet, de revistas velhas, de CDs ... 
Enfeites para a árvore de palitos de picolé, de fundos de garrafa pet ...
Estrelas de cartolina pintadas com guache, de palitos de picolé ...
Guirlandas para enfeitar a porta com mãozinhas das crianças pintadas...
Bonequinho de Neve com pratinhos de plástico e retalhos de papel colorido ou feltro, de embalagem de ovos ...
Bolinhas para árvore de papelão e linhas coloridas ...
Papai Noel com luvas e lã, rolinhos de papel higiênico e retalhos de papel colorido, mãozinhas pintadas...

 




 





 
  
  

Material alternativo e criatividade.

Fórum Permanente de Municipalização dos Objetivos do Milênio na RMBH


Representantes da Secretaria Municipal de Educação de Nova Lima, Emerson Souza Clemente, Heloisa Pedroza Lima e Solange Moreira juntamente com a presidente do Conselho Tutelar de Nova Lima, Islai Peixoto participaram na última terça feira, dia 22 de novembro do Fórum Permanente de Municipalização dos Objetivos do Milênio na RMBH.
Um espaço de troca  de experiências entre os municípios favorecendo o crescimento mútuo econômico e social.

“Diversos setores da sociedade enfrentam problemas sociais,
econômicos ou mesmo ambientais, que exigem urgência em serem solucionados.
Com a instalação deste Fórum Permanente,
a possibilidade de trocas de ideias e experiências,
podem contribuir efetivamente para trazer melhorias
 e inovações às demandas das cidades que compõem a RMBH

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio surgem no ano de 2000 por iniciativa da ONU para orientar a população mundial sobre a triste constatação de que nosso planeta está à beira de um colapso. Se a humanidade continuar consumindo seus recursos de maneira não sustentável e despreocupada com as condições mínimas de igualdade, fraternidade e justiça, nossa raça tende a ser dizimada por causa da completa e total exaustão de recursos e falta de condições dignas de sobrevivência de alguns povos ou de alguma parcela de suas populações. São eles:

1. Erradicar a extrema pobreza e a fome;
2. Atingir o ensino básico universal;
3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;
4. Reduzir a mortalidade na infância;
5. Melhorar a saúde materna;
6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças;
7. Garantir a sustentabilidade ambiental;
8. Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

A ONU considera que os Objetivos do Milênio devem ser incorporados pela sociedade civil. Por isso é importante pensarmos em nosso papel como educadores:

Quais as nossas responsabilidades enquanto cidadãos e enquanto educadores?
Qual o papel de cada criança diante de cada objetivo, afinal são objetivos para todos nós?
O que nós educadores estamos fazendo para conscientizar as crianças frente aos objetivos?
Será que estes objetivos são conhecidos pelos professores, coordenadores, diretores e demais profissionais da escola?
São divulgados com os pais?

Nos Workshops vários municípios socializaram experiências de sucesso que vem contribuindo para alcançar os Objetivos do Milênio. Participamos dos relatos sobre o Objetivo 02 - Educação Básica de Qualidade para Todos. Conhecemos as experiências dos Municípios de Lagoa Santa: Intersetoriedade  entre secretarias, Belo Horizonte: Trabalhando os resultados da prova Brasil com os gestores escolares e professores e São Joaquim de Bicas: programa de Educação Inclusiva - Construindo saberes na diversidade desde 2009.
Divulgue esta ideia.
Um mesmo planeta,
a mesma raça,
os mesmos objetivos.
PARTICIPE!

Para saber mais:


domingo, 20 de novembro de 2011

As relações com crianças da Educação Infantil

A afetividade na relação pedagógica *
Especialista em mudanças na educação presencial e a distância

É muito difícil equilibrar controle e liberdade, autoritarismo e afetividade. Em grupos grandes a tendência é olhar mais a norma do que as pessoas, a regra do que as circunstâncias. Os limites são importantes, mas a relação pedagógica afetiva é fundamental. Aprendemos mais e melhor quando o fazemos num clima de confiança, de incentivo; quando estabelecemos relações cordiais com os alunos, quando nos mostramos pessoas abertas, afetivas, carinhosas, tolerantes e flexíveis, dentro das regras organizacionais.
Pela educação podemos ajudar a desenvolver o potencial que cada pessoa tem, estimulando suas possibilidades e diminuindo suas limitações. Um caminho importante é mostrar atitudes de compreensão e estar atentos para superar a intolerância, a rigidez, o pensamento único, a desvalorização dos menos inteligentes, dos fracos, dos problemáticos ou “perdedores”.
Praticar a pedagogia da inclusão de todos e de todas as formas. A inclusão não se faz somente com os deficientes, ou com os marginalizados. Dentro da escola muitos alunos se sentem excluídos pelos professores e colegas. São excluídos pelos professores, quando nunca falam deles, quando não lhes dão valor, quando são ignorados sistematicamente. São excluídos quando falam com e dos mesmos e descuidam os demais. São excluídos quando exigem de pessoas com dificuldades intelectuais, emocionais e de relacionamento, os mesmos resultados.
Há uma série de obstáculos para superar: a formação intelectual que valoriza mais o conteúdo, o intelecto, a razão. Professores e gestores frequentemente possuem uma formação emocional, afetiva deficiente. Por isso, tendem a enxergar mais os erros que os acertos. Salários baixos e falta de reconhecimento também dificultam o equilíbrio emocional, a auto-valorização, a boa autoestima.
Por isso, ao mesmo tempo que se implantam políticas efetivas de valorização profissional, é importante organizar atividades, cursos e programas com gestores e professores para que todos desenvolvam a autoconfiança, a autoestima. Gestores acolhedores facilitam muito o clima emocional da escola. Profissionais valorizados se sentem melhor e contribuem mais.
Para que os alunos tenham certeza do que comunicamos, é extremamente importante que haja sintonia entre a comunicação verbal, a falada e a não verbal, a comunicação gestual, a que passa pela inflexão sonora, pelo olhar, pelos gestos corporais de aproximação ou afastamento. As pessoas que tiveram uma educação emocional mais rígida, menos afetiva, costumam ter dificuldades também em expressar suas reais intenções, em comunicar-se com clareza. Falam de forma ambígua, utilizam recursos retóricos como a ironia, o duplo sentido, o que deixa confusos os ouvintes, sem conseguir decifrar o alcance total das intenções do comunicador.
Os educadores que gerenciam bem suas emoções transmitem equilíbrio, tranquilidade e objetividade. Falam com tom calmo, e quando discordam, o fazem sem agredir nem humilhar. Os alunos captam claramente as mensagens e mesmo quando não concordam, manterão o vínculo afetivo, o relacionamento e continuarão abertos para novas mensagens.
As pessoas equilibradas, abertas, nos encantam. Antes de prestar atenção ao significado das palavras, prestamos atenção aos sinais profundos que nos enviam, de que são pessoas compreensivas, confiantes e abertas a novas experiências e ideias.
* Este texto faz parte do meu livro A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. 4ª ed. Papirus, 2009, p. 55-59 (com pequenas modificações).

E mais histórias...

Literatura infantil compartilhada por uma amiga de Portugal
O Magnífico Plano do Lobo
Desta vez o lobo já não é tão bonzinho! Este álbum narrativo destinado a pequenos leitores (a partir dos 2 anos e meio/3), presenteia-nos, com humor, as aventuras de um lobo que, por ter dores de dentes, não consegue comer os cordeirinhos. Cansado de se alimentar apenas a sopa, elabora um plano engenhoso destinado não só a comprar uma dentadura nova, como a explorar os cordeiros e as suas múltiplas habilidades. Mas o lobo, como dita a tradição, acaba enganado pelos espertos cordeirinhos. As ilustrações estão extremamente expressivas e muito coloridas, e vêm complementar o texto que é muito interessante e divertido. Além disso as imagens, reforçam a componente humorística do texto.
A autora Melanie Williamson é responsável, não só pelo texto como pelas ilustrações desta história fantástica.
O Dragão Irritante
Uma história para os mais pequeninos, mas também para crescidos! O Dragão Irritante, dos mesmos autores do Magnífico Plano do Lobo, já falado aqui, é uma história divertida e bem humorada.
"Um dragão irritante provoca o caos na quinta da Isabel: o seu bafo ardente escalfa os ovos no galinheiro, transforma o trigo das searas em pão torrado e o leite das vacas em iogurte!"
Uma história hilariante, com fantásticas ilustrações da autora e ilustradora Melanie Williamson.
Um presente diferente
Este livro não podia ter melhor título... É mesmo um presente diferente. Esta recente edição da Kalandraka em Portugal traz-nos a história de dois amigos: "Tristão presenteia o seu amigo Marcelo com um bocado de tecido que sobrara de umas cortinas. Marcelo antes tinha preferido um pião, mas acaba por agradecer aquele presente porque se apercebe da quantidade de utilidades que um simples pedaço de pano pode ter."
As autoras Marta Azcona e Rosa Osuna presentearam-nos com uma história fantástica que nos permite dar asas à imaginação...

Fonte: http://martaeoslivrosinfantis.blogspot.com/search/label/Livros%20Horizonte

Ampliando nosso repertório literário.

Ruth Rocha
Ruth Rocha nasceu em 1931 na cidade de São Paulo. Filha dos cariocas Álvaro de Faria Machado, médico, e Esther de Sampaio Machado, tem quatro irmãos, Rilda, Álvaro, Eliana e Alexandre. Teve uma infância alegre e repleta de livros e gibis. O bairro de Vila Mariana, onde morava, tinha nessa época muitas chácaras por onde Ruth passava, a caminho da escola - estudava no Colégio Bandeirantes. Mais tarde, terminou o Ensino Médio no Colégio Rio Branco.

É graduada em Sociologia e Política pela Universidade de São Paulo e pós-graduada em Orientação Educacional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Casada com Eduardo Rocha, tem uma filha, Mariana e dois netos, Miguel e Pedro.

Durante 15 anos (de 1956 a 1972) foi orientadora educacional do Colégio Rio Branco, onde pôde conviver com os conflitos e as difíceis vivências infantis e com as mudanças do seu tempo. A liberação da mulher, as questões afetivas e de auto-estima foram sedimentando-se em sua formação.

Começou a escrever em 1967, para a revista Claudia, artigos sobre educação. Participou da criação da revista Recreio, da Editora Abril, onde teve suas primeiras histórias publicadas a partir de 1969. “Romeu e Julieta”, “Meu Amigo Ventinho”, “Catapimba e Sua Turma”, “O Dono da Bola”, “Teresinha e Gabriela” estão entre seus primeiros textos de ficção. Ainda na Abril, foi editora, redatora e diretora da Divisão de Infanto-Juvenis.

Publicou seu primeiro livro, “Palavras Muitas Palavras”, em 1976, e desde então já teve mais de 130 títulos publicados, entre livros de ficção, didáticos, paradidáticos e um dicionário. As histórias de Ruth Rocha estão espalhadas pelo mundo, traduzidas em mais de 25 idiomas.

Monteiro Lobato foi sua grande influência. Em sua obra, essa influência se traduz pelo seu interesse nos problemas sociais e políticos, na sua tendência ao humor e nas suas posições feministas.

Seu livro de forte conteúdo crítico, “Uma História de Rabos Presos”, foi lançado em 1989 no Congresso Nacional em Brasília, com a presença de grande número de parlamentares. Em 1988 e 1990 lançou na sede da Organização das Nações Unidas em Nova York seus livros “Declaração Universal dos Direitos Humanos” para crianças e “Azul e Lindo – Planeta Terra Nossa Casa”.

Participou durante seis anos do programa de televisão Gazeta Meio-Dia como membro fixo da mesa de debates.

Em 1998 foi condecorada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso com a Comenda da Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura.

Ganhou os mais importantes prêmios brasileiros destinados à literatura infantil da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, da Câmara Brasileira do Livro, cinco Prêmios “Jabuti”, da Associação Paulista de Críticos de Arte e da Academia Brasileira de Letras, Prêmio João de Barro, da Prefeitura de Belo Horizonte, entre outros.

Seu livro mais conhecido é “Marcelo, Marmelo, Martelo”, que já vendeu mais de 1 milhão de cópias.

Em 2002 ganhou o prêmio Moinho Santista de Literatura Infantil, da Fundação Bunge. Também nesse ano foi escolhida como membro do PEN CLUB – Associação Mundial de Escritores no Rio de Janeiro.

Atualmente é membro do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta.

Hora da história. Que delícia!!!


Aliando uma linguagem acessível a imagens muito significativas, Ruth Rocha e Otávio Roth criaram um belíssimo livro, voltado para a importância de cuidarmos bem de nossa grande casa - o planeta Terra - única possibilidade de vida das atuais e das futuras gerações, que merecem encontrá-lo azul e lindo.
O que devemos fazer para que a Terra não se transforme num ambiente hostil, com muitos desertos, águas envenenadas, florestas devastadas, onde seria impossível viver?


Mas atenção, alguns cuidados antes, durante e depois da leitura para as crianças:
OS COMPORTAMENTOS LEITORES
1. Faça uma pesquisa sobre a autora e fale sobre ela para as crianças. Neste momento, permita que eles também façam comentários sobre a autora e seus livros, se a turma já a conhece;
2. Leia antes a  história para se familiarizar-se com o texto, isso irá garantir uma boa leitura e você poderá caprichar na entonação no momento da leitura com as crianças;
3. Antecipe o assunto principal do texto para as crianças, mas cuidado, não deixe "escapulir" a trama principal, assim você aproxima as crianças do texto;
4. Escolha o melhor momento e local para a leitura com as crianças e não se esqueça da postura de leitora, neste momento você é exemplo de leitora para as crianças;
5. Combine com as crianças de verem as ilustrações antes ou depois, assim você evita parar a leitura e que o grupo se disperse;
6. Após a leitura: permita que as crianças falem sobre a história, suas impressões, a parte que mais gostou sem interrogá-los, afinal a leitura é o universo da imaginação e é também subjetivo.
Uma boa leitura!