domingo, 25 de março de 2012

O que devo trabalhar com as crianças?

Essa é uma pergunta comum no início do trabalho em uma turma de crianças bem pequenas.
São muitas as possibilidades. Um universo de descobertas para as crianças e também para os professores, afinal trabalhar com os pequeninos ainda é algo a se descobrir.
Mas de uma coisa já sabemos: a criança é a PROTAGONISTA.
É preciso estudar, discutir, planejar... tudo pensando na criança. Algumas questões podem ajudar:
QUEM É A CRIANÇA COM A QUAL VOCÊ TRABALHA?
COMO ELA SE DESENVOLVE?
COMO ELA APRENDE?
A partir dessa respostas podemos pensar no "ser criança" de forma individual, dentro de suas verdadeiras possibilidades, suas capacidades e oportunizar ricas experiências e significativas aprendizagens.
Pensando em ajudar as professoras, organizei algumas dicas para organização do trabalho com as crianças.
Use e abuse do espaço e dos materiais.
Um espaço para os livros de literatura.


Proponha diferentes desafios...
 Oportunize diferentes sons...
 Fotos para identificar os colegas...
 Muitas possibilidades
com materiais alternativos...
 O aprendizado da roda.
É preciso ajudá-los.
 As cores.
Elas estão em todo lugar, juntas ou separadas.
 Um lugar seguro e aconchegante para ficar...
 Um cantinho para dormir e se esconder...
 A rotina traz segurança.
 Os móbiles dão colorido ao espaço...

Turma do Berçário I
  • Prepare o chão da sala com brinquedos e colchonetes diferentes a cada dia;
  • Coloque móbiles no teto e na porta;
  • Construa a calça pedagógica, pufs coloridos, tapete das sensações, chocalhos de sucata. Abuse das cores, texturas e gravuras e deixe as crianças explorarem;
  • Crie cantos com colchonetes para as crianças brincarem;
  • Leitura de história diária;
  • Nomeie sempre os colegas;
  • Contagem oral de objetos, dos colegas;
  • Nomeação de objetos, de cores, de gravuras; dos móveis da sala, dos brinquedos;
  • Teatro de fantoches;
  • Música;
  • Brincadeiras cantadas;
  • Conversar durante os hábitos de higiene, alimentação nomeando sempre as ações: calçar e descalçar sapatos; vestir e despir-se; trocar a fralda; tomar banho; alimentar sem derramar; limpar o nariz;
  • Nomear pessoas que entram na sala.
Turmas do Berçário II e Maternal I
  • Prepare o chão da sala para ensinar as crianças a se sentarem para a Roda de conversa. Marque um círculo com fita crepe;
  • Leitura de história diária;
  • Para a turma do maternal já é possível uma proposta de desenho. Use pincel atômico;
  • Ficha de nomes: construa fichas resistentes em tamanho grande para as crianças manusearem. Nas turmas de berçário II use também fotos das crianças. Inicie o trabalho de identificação do nome próprio e dos colegas;
  • Contagem oral de objetos, dos colegas;
  • Nomeação de objetos, de cores, de gravuras; dos móveis da sala, dos brinquedos;
  • Caixa de sucatas para exploração;
  • Cantos de atividades diversificadas;
  • Teatro de fantoches;
  • Música;
  • Brincadeiras cantadas;
  • Brincadeiras no túnel, labirinto, corrida de velotrol;
  • Modelagem, pintura;
  • Construção da rotina diária oralmente;
  • Nomear pertences das crianças para que eles possam identificá-los;
  • Conversar durante os hábitos de higiene, alimentação nomeando sempre as ações: calçar e descalçar sapatos; vestir e despir-se; alimentar sem derramar; limpar seu próprio nariz; usar o banheiro adequadamente; escovar os dentes; lavar as mãos; falar baixo; escutar os colegas;
  • Elaborar, oralmente, combinados com a turma;
  • Conhecer o CEI, as funcionárias e suas funções e o nome do CEI.
  • Turmas do maternal II e 1º Período
  • Roda de conversa diária;
  • Leitura de história diária;
  • Desenho livre, desenho da figura humana, do CEI, da família, dos colegas, etc;
  • Ficha de nomes: escrita e identificação do nome próprio e dos colegas;
  • Bingo de letras do nome;
  • Alfabeto móvel para montar nomes;
  • Contagem oral;
  • Classificação de objetos por atributos: cor, forma, textura. Tamanho; etc;
  • Caixa de sucatas;
  • Cantos de atividades diversificadas;
  • Teatro de fantoches;
  • Música;
  • Oficina de criação;
  • Brincadeiras cantadas;
  • Amarelinha, boliche, túnel, labirinto, modelagem, pintura, colagem;
  • Construção da rotina diária;
  • Identificar e cuidar de seus pertences;
  • Conversa sobre hábitos: Calçar e descalçar sapatos; vestir e despir-se; alimentar sem derramar; limpar seu próprio nariz; usar o banheiro adequadamente; escovar os dentes; lavar as mãos; falar baixo; escutar os colegas;
  • Elaborar combinados com a turma;
  • Conhecer o CEI, as funcionárias e suas funções e o nome do CEI.
 Muito mais na proposta curricular da Educação Infantil
Rede Municipal de Ensino de Nova Lima

O fantástico mundo do brincar.

As crianças do Centro de Educação Infantil Maria de Lourdes Scoralick Serretti já estão vencendo a adaptação e já começam a deixar suas marcas nos espaços da sala, corredores e onde mais puderem. São atividades variadas e diversas criações individuais e coletivas. Algumas geram registros, outras apenas o prazer da descoberta. Os pequeninos(0 a 03 anos) a cada dia descobrem novos espaços e possibilidades. O pequenos da pré-escola já registram suas produções.
Aqui vou compartilhar a atividade desenvolvida pela turma do Gato das professoras Tatiane e Gisele. São crianças da turma de 1º Período - 04 anos.

Antes, uma boa leitura para nos ajudar a entender sobre a importância da brincadeira na vida da criança.
"As crianças e suas brincadeiras prediletas de inventar brincadeiras!
A vivência lúdica sem dúvida é a alma para a criatividade! Donas de uma imaginação infinita, as crianças carregam consigo um grande tesouro! O segredo de como inventar tantas brincadeiras e passarem dias maravilhosos em naves espaciais, dirigindo carros fantásticos, viajando pelo mundo da imaginação! Uma visão muito transformadora do mundo, que acredita nas possibilidades. O faz-de-conta é um pouco isso: desejar algo e apostar que é possível ter uma solução criativa para se ter/ser/ viver o que se quer.
Uma das formas de intervir na brincadeira da criança é proporcionar espaços para que o jogo ocorra de maneira o mais rica possível. É interessante que se tenha materiais versáteis que podem se transformar em muitas coisas, tal como panos, tocos de madeira, sucatas, etc. O psicólogo Leontiev, estudioso do jogo infantil, dá um nome interessante para tais materiais, os chama de Objetos de largo alcance, pois pela própria plasticidade da forma pode prestar a diferentes modo de uso. Quanto mais versátil o espaço para o brincar, mais diversidade de jogos simbólicos podem acontecer neste espaço. (...). Neste contexto, uma boneca-bebê, por exemplo sugere normalmente uma única forma de ação: cuidados maternos, ao passo que materiais menos estruturados, como panos, sucata, tocos de madeira, podem se configurar de diferentes modos nas diversas brincadeiras. O pano enrolado no colo de uma criança transforma-se em bebê; no cabelo, em peruca; o corpo em roupa; pendurado pelas pontas, transforma-se numa rede; no berço vira cobertor, enfim, pode-se encontrar tantos usos para objetos de largo alcance, como panos, quanto a imaginação permitir. E o que é mais interessante é poder oferecer às crianças os vários tipos de materiais lúdicos: jogos, brinquedos e objetos de largo alcance."*
Nesta perspectiva, a professora Gisele oportunizou às crianças da turma do Gato um momento de brincadeira onde tiveram a experiência de criação, de imaginação e prazer. As crianças exploraram diversos materiais e puderam a partir deles criarem seus próprios brinquedos.
Valeu turma do GATO!

* Fragmentos do texto Faz-de-conta: invenção do possível de Adriana Klisys.

Diretora, supervisora, coordenadora, professora?????

Assim tem sido meus últimos dias, um pouco de cada coisa e tudo dando muito certo.
Muito corre corre, mas uma experiência sem igual.
Estar na direção de um Centro de Educação Infantil e poder planejar, acompanhar e contribuir com o crescimento profissional de cada funcionário e o desenvolvimento de cada criança é simplesmente FANTÁSTICO!
Um verdadeiro crescimento pessoal e profissional.
A situação de acúmulo de função é passageira e mais alguns dias tudo se resolverá.
A nossa fase difícil, a adaptação das crianças, esta já está passando e a rotina já está se estabelecendo.
Já é possível uma organização dos tempos e espaços, crianças dormindo, brincando e aceitando a alimentação. Alguns ainda precisam de mais algum tempo, mas entendemos.
O profissional também já está se adaptando, já é possível planejar atividades a partir do que se conhece das crianças.
Os espaços já estão sendo reorganizados para melhor atender as necessidades de cada turma. Brinquedos, mobiliário tudo é pensado para a criança.
Em breve receberemos mais crianças, mas já sabemos como lidar com a adaptação.
Algumas imagens retratam meus relatos.
A hora do soninho...
 Hora de brincar, brincar
e brincar...
Momentos para cantar...
 Momentos para se alimentar...
Roda de conversa...
Encontrar alguém 
para ficar junto...
 Momentos de descobrir
algo diferente...
E finalmente esperar
alguém chegar...
Vários momentos vividos por crianças e adultos no

domingo, 11 de março de 2012

ADAPTAÇÃO!!!!!! Socooooooooooooorro!!!!!!!

Gente,
falar em adaptação é falar de choro, de gritos, de medo, de estranhamento, de cansaço. As crianças estão descobrindo o mundo e neste momento a escola é um mundo DESCONHECIDO, cheio de objetos, espaços, pessoas que não fazem parte de seu convívio social. A organização desse espaço também é diferente de sua casa. Aqui é o coletivo, as regras e os costumes muitas vezes não são comuns a um ambiente doméstico. ENFIM, TUDO DIFERENTE! E para os professores também, afinal o trabalho com crianças pequenas na perspectiva do cuidar e educar de forma indissociável ainda é um grande desafio. Mas as crianças? Choram, choram e choram.
E NÃO HÁ MOTIVO PARA CHORAR?
Já se colocou no lugar das crianças? Pare e pense só um pouquinho. De uma coisa nós professores temos que ter certeza neste momento:
A ÚNICA PESSOA QUE ESCOLHEU ESTAR AQUI É VOCÊ PROFESSORA, POR ISSO PROCURE AJUDAR A CRIANÇA A SE ADAPTAR E ACEITAR A ESCOLHA QUE FIZERAM POR ELA.
Elas tem que se adaptar às professoras, as serventes, o zelador, a direção, a secretária, a coordenadora e às outras pessoas que chegam. Nossa, quanta gente estranha! Tem que se adaptar também aos horários, afinal não dá para fazer tudo que se quer.  Dividir tudo com todos é um grande desafio para quem era apenas um em sua casa. A alimentação, é preciso se adaptar à comida que é diferente da sua casa, dormir no colchonete ou berço que não é o seu, tomar banho e ficar sem roupa diante de pessoas que não se conhece ainda e outras coisas mais que vão surgindo no cotidiano de um Centro de Educação Infantil onde várias crianças dividem o mesmo espaço.
Isso tudo se chama ADAPTAÇÃO.
Momentos difíceis que vamos vencendo juntos a cada dia, crianças, professores e funcionários.

domingo, 4 de março de 2012

CEI Maria de Lourdes Scoralick Serretti

Esta semana assumi a direção do CEI Maria de Lourdes Scoralick Serretti.
Grande desafio, mas uma felicidade imensa, afinal essa conquista faz parte do trabalho que venho desenvolvendo no município em prol de uma Educação Infantil de Qualidade para a Criança Pequena.
Assim, deixo imagens de história que está apenas começando. Daqui pra frente, irei postar registros de um trabalho que será construído a muitas mãos:
funcionários, professoras, supervisão e direção do
CEI Maria de Lourdes Scoralick Serretti.
Aguardem.