sábado, 7 de abril de 2012

E o brincar, que lugar ocupa em uma instituição de Educação Infantil?

No CEI Maria de Lourdes Scoralick Serretti o Brincar tem lugar privilegiado, afinal esta é a principal linguagem das crianças. É através do brincar que elas conhecem e compreendem o mundo.
São muitas as possibilidades de brincar oferecidas em um espaço de Educação Infantil, seja dentro ou fora da sala, em qualquer espaço e com diferentes materiais é possível brincar.
Para nos ajudar a garantir um brincar de qualidade às nossas crianças temos a nossa proposta curricular com o eixo A Criança e a Linguagem do Brincar que deixo a seguir alguns trechos.
A criança e a linguagem do brincar
Esse campo de experiência diz respeito ao jogo simbólico (faz de conta) e aos jogos e brincadeiras de uma maneira geral. O brincar é uma das principais formas de linguagem da criança. É através do brincar que a criança expressa seus sentimentos, relaciona-se, faz descobertas e inventa papeis, dando significado aos objetos do mundo natural e social.
Até algum tempo atrás, uma criança brincando era vista como se estivesse em um mundo só seu, à parte do nosso mundo real. Hoje, depois de muitos estudos, sabe-se, que por meio das brincadeiras, as crianças se constituem como indivíduos. Quando a criança brinca e joga, ela está desenvolvendo a capacidade de representar e de simbolizar o mundo, os objetos, a cultura e o afeto das pessoas que com ela convivem. É por este motivo que os jogos e brincadeiras infantis transformaram-se em um espaço de importância fundamental na Educação Infantil (OLIVEIRA, 1997).
O brincar caracteriza-se como uma mescla entre as apropriações culturais e a possibilidade de expressão da criança, fruto de sua forma particular de pensar e interagir com o mundo, que vai articulando suas experiências de vida às experiências em suas brincadeiras.
Uma das formas de apropriar-se da cultura se dá pelo contato com as imagens e representações sociais. Neste sentido, pode-se dizer que o brinquedo tem um lugar de destaque na apropriação cultural por ser um importante fornecedor de representações e imagens manipuláveis.
Brougère (2004), pesquisador do jogo, ajuda-nos a entender o brinquedo como uma “mídia“ que carrega conteúdos simbólicos, representações e valores culturais produzidos pela humanidade. Segundo o autor, a brincadeira, ao contrário do que pode parecer, não é espontânea, ela é sempre referendada pela cultura. Assim sendo, a brincadeira de médico que ocorre em nossa cultura é distinta da correspondente numa cultura indígena. Da mesma forma, o fato do jogo de bonecas estar presente principalmente entre as meninas, não é manifestação do instinto materno, mas sim reprodução das relações sociais existentes na cultura onde há uma divisão social do trabalho no cuidado com as crianças. Tal divisão, sendo minimizada, também tende a transformar a participação de meninos e meninas nesta brincadeira.
Brincar é, para a criança, sua própria forma de pensar sobre o mundo. Quando brinca, a criança está procurando compreender o mundo dos adultos no qual está inserida. A cultura infantil é um espaço de apropriação da experiência cultural do mundo adulto.
(...) Quando bem pequenas, as crianças brincam com os objetos, com seu próprio corpo e com as pessoas que estão mais próximas delas. Escondem e procuram por objetos, explorando-os e dando-lhes significados. Na medida em que vão crescendo ampliam sua forma de explorá-los, tornando possíveis novas brincadeiras como a imitação, os jogos simbólicos e de regras. Assim, com o passar do tempo, a capacidade de brincar é construída pela criança. Imitando as ações dos adultos, a criança traz para a sua realidade aquilo que ainda não pode fazer ou não compreende, como uma forma particular de entender o mundo adulto.

E o que as crianças podem aprender em situações de brincadeiras?
Ao vivenciarem experiências do brincar, espera-se que as crianças construam os seguintes conhecimentos e saberes (atitudes, valores, procedimentos):
·         O conhecimento de si e do outro;
·         A construção da identidade pessoal e cultural;
·         A convivência com o outro;
·         O compartilhamento de brinquedos e materiais;
·         Novas formas e maneiras de brincar;
·         A construção de atitudes e valores éticos e estéticos;
·         Formas de resolver os conflitos;
·         A ampliação do repertório de brincadeiras que fazem parte da cultura da criança e de outras culturas;
·         A construção do pensamento lógico e abstrato;
·         A construção do respeito às regras;
·         Formas de interação com crianças da mesma idade, idades diferentes e com adultos.

Cuidar significa...

Dar banho, trocar fralda, limpar o nariz, acalentar, dar colo, fazer dormir, dar remédio quando está doente, acolher, fazer carinho, dar o bico quando está chorando, alimentar, brincar, ensinar, dar limite, ensinar a usar o banheiro e lavar as mãos, ensinar a respeitar o colega, as pessoas, ajudar a subir e descer escadas e muito mais.
Quem nunca ouviu falar da nova concepção de trabalho do professor na Educação Infantil, cuidar e educar indissociável? Nova concepção não, antiga. Afinal a LDB 9394/96 já estabelecia que o PROFESSOR é o responsável por cuidar e educar a criança de 0 a 05 anos e isso já significava em 1996 atender a criança em suas necessidades básicas de higiene, sono e alimentação.
Então vamos falar do trabalho no CEI Maria de Lourdes Scoralick Serretti onde o cuidar e o educar andam juntos.
Para embasar teoricamente nosso trabalho, deixo trechos da Proposta Curricular da Educação Infantil da rede municipal de ensino de Nova Lima. 
A criança, o cuidado e o
conhecimento de si e do outro.
Um currículo de Educação Infantil, que tem como perspectiva a formação humana das crianças, não pode desconsiderar o trabalho pedagógico com esse campo de experiência. Ele diz respeito aos aspectos relacionados ao autoconhecimento da criança, bem como ao aprendizado do autocuidado e do cuidado com o outro. Envolve, portanto as relações sociais e afetivas ligadas ao aprendizado do “ser” e do “conviver”.
Cuidado/autocuidado é a capacidade que temos de, por meio da interação com outros humanos, construir formas de identificar, valorizar e atender nossas necessidades básicas de preservação da vida e da integridade corporal, necessidade de alimentação, de segurança psíquica e física, necessidade de descanso, sono, repouso e higiene.
O cuidar é, portanto, muito mais que dar banho, que não deixar cair ou machucar. Cuidar significa conhecer a criança em sua totalidade, ou seja, saber identificar necessidades através da fala, dos gestos, do toque, do olhar, das produções, das relações e interações com o outro. Os atos relacionados aos cuidados das crianças, apesar de estarem determinados pela natureza, também estão impregnados de sentidos, construídos na cultura por meio das relações permeadas pela afetividade e respeito.

Desta forma o ato de cuidar se relaciona ao ato de “conhecer- se a si mesmo”, uma vez que para conseguir identificar as necessidades de seu corpo e atendê-las, as crianças precisam aprender a se conhecer. Nesse sentido, a família e a instituição que atende crianças de zero a seis anos têm um papel fundamental, na medida em que são mediadoras entre a criança e a cultura.
(...) Ao nascer, a criança se relaciona com o seu meio físico e social, estabelecendo vínculo afetivo com a mãe ou com quem cuida dela. O mundo é apresentado a ela através do outro. O vínculo afetivo, em determinados momentos, é a porta de acesso para a criança ingressar neste mundo. A criança constrói sua identidade no contato com o meio, na construção do grupo a que pertence, na relação com os conhecimentos e valores sociais. Para conhecer o mundo é importante a proximidade com o outro, pois é nesse processo de interação que ela aprende e se desenvolve.
O cuidado com o outro é concretizado em ações e atitudes realizadas para promover o conforto e o bem-estar do outro. Acalentar, oferecer carinho, limpar o nariz, pegar a bolsa ou os objetos pessoais para aquele que já vai embora, oferecer um brinquedo quando está chorando ou um pedacinho do lanche quando se está triste, são algumas formas que os pequenos utilizam para cuidar do outro. O toque físico é uma das principais manifestações de cuidado e bem presente no cotidiano das crianças da Educação Infantil. O ato de tocar aproxima as crianças entre si.
(...) Ao cuidar do outro, a criança começa a exercitar a ideia de se "colocar no lugar do outro", o que é, inicialmente, bastante difícil para crianças tão pequenas, uma vez que ainda vivem a fase do egocentrismo, isto é, pelas próprias características de seu desenvolvimento cognitivo; nessa etapa da vida ainda não conseguem pensar no ponto de vista do outro.  No entanto, elas desenvolvem tal sentimento por imitação, baseando-se na forma como são cuidadas pelos adultos mais próximos e de como estes as auxiliam, a perceber o que o outro pode sentir, a necessidade de serem cuidadas e cuidarem do outro. Neste processo, as crianças começam a desenvolver a empatia necessária para cuidar do outro.
E o que as crianças podem aprender?
Ao vivenciar as experiências de cuidado, conhecimento de si e do outro, espera-se que as crianças construam os seguintes conhecimentos e saberes (atitudes, valores, procedimentos):
  • Conhecimento de seu próprio corpo;
  • Conhecimentos das partes do corpo;
  • Expressão de sentimentos e necessidades;
  • Respeito aos combinados;
  • Controle de esfíncter;
  • Cuidados de saúde e higiene corporal;
  • Atitudes de cooperação solidariedade e tolerância;
  • Conhecimento das possibilidades de seu corpo;
  • Respeito aos seus próprios limites e aos do outro;
  • Cuidados com o ambiente;
  • Reconhecimento da diversidade de gênero, racial, étnica, religiosa, de ideias e de opiniões;
  • Atitude de confiança nas próprias possibilidades;
  • Conhecer o outro como parte fundamental do seu próprio processo de conhecimento.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Aniversário no CEI: uma alegria para a criançada da Turma do Patinho.

As comemorações de aniversários na escola tem sido cada vez mais frequentes. As crianças querem compartilhar com os coleguinhas o "Parabéns pra você". Para estes momentos, converse com os pais ou responsáveis sobre alguns cuidados necessários:
  • O horário da comemoração não pode atrapalhar a rotina da instituição;
  • O momento deve ser em local reservado para evitar que outras crianças vejam;
  • Certificar se todas as crianças podem ingerir doces;
  • O mínimo de guloseimas possível, afinal precisamos cuidar da alimentação dos pequenos;
  • Se houver lembrancinhas, devem ser colocadas nas pastas das crianças e levadas para casa.
Assim aconteceu o 1º aniversário no CEI Maria de Lourdes Scoralick Serretti.
A turma do Patinho comemorou na semana passada o aniversário da pequena ISABEL SANTIAGO PONZO que completou 03 anos.
Foi um momento especial para as crianças da turma e para a Isabel que ficou feliz em compartilhar esta alegria com os colegas, as professoras, suas duas irmãs e seus pais.
A festa aconteceu no refeitório do CEI com direito a bolo de chocolate, docinho de leite ninho, pipoca e suco de uva.
A criançada adorou!!!
Alguns registros do momento.





A pequena Isabel ficou muito feliz.

domingo, 1 de abril de 2012

1ª mostra de trabalhos do CEI Maria de Lourdes Scoralick Serretti

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil,  a organização do espaço físico, os materiais, brinquedos, objetos sonoros e mobiliário não devem ser vistos como elemento passível, mas como componentes ativos do processo educacional. O espaço físico das instituições sempre reflete os valores que elas adotam e são marcas sugestivas do projeto educativo em curso. 
Pensando assim, oportunizamos às nossas crianças diferentes experiências com a pintura, o desenho, a escrita e delas surgiram os registros que deram um colorido aos espaços. Cada professora organizou com a sua turma uma atividade para ser socializada com crianças, funcionários e pais.
Tudo ficou colorido.
Ao se depararem com as atividades expostas, crianças comentaram:
" Olha o meu aqui" "Foi eu que fiz" "Que lindo!"
Já os adultos:
"Agora está com cara de escola!" "Muito legal ter coisas das crianças." "Os pais vão adorar".

Conheça agora as produções:
Berçário I - Turma da Abelhinha
Berçário II - Turma do Pintinho
Maternal I - Turma do Patinho
Maternal II - Turma do Cachorrinho
1º Período - Turma do Gato
Em breve mais produções.
Beijocas coloridas para você.