quarta-feira, 30 de maio de 2012

Comenta, vai?


Olá pessoal,
vejo que muitas pessoas passam por aqui e dão uma espiadinha... mas também tem opiniões sobre o que vê e o que lê.
Então,
COMENTA VAI.
É fácil, tenta.
Podemos desenvolver uma boa conversa, trocar experiências, vale a pena.

VOU FICAR ESPERANDO!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Construção de brinquedos para o berçário

Professoras do berçário, vejam a descoberta que fiz.
Um CEI de Joinvile que traz belas postagens de brinquedos para os pequenos.
Vale a pena conferir.

Click em

depois de aberto a página, vá até o índice, à direita e clik em Berçário I e Berçário II. São várias postagens de brinquedos construídos a partir de sucatas.
Seus pequenos vão adorar.

Baú de ideias.

Sucata na escola.
Muita criatividade, mil possibilidades.
Faça você mesma, com os pequenos. 
É só usar a criatividade.

BRINQUEDO DE SUCATA - Vamos convidar as meninas para um chá???

MATERIAIS UTILIZADOS: copinhos de Danoninho, bandejas de isopor, garrafinhas de agua mineral, tinta e cola colorida.


Acesse o link abaixo e descubra muita coisa legal para sua turminha.

Baú de ideias.

As garrafas pet são mesmo úteis para diversas coisas. Com os pequenos podemos utilizá-las de várias formas. Em minhas andanças pela net descobri mais esta que os pequenos vão adorar.

Camaleão de garrafa Pet
A ideia é trabalhar a história de um camaleão muito atrapalhado que sai para passear e encontra vários amiguinhos...

Na ideia você vai trabalhar com reciclagem: o amigo camaleão é feito com garrafa pet e retalhos de EVA. Cada vez que ele encontra um amiguinho, este o convence de que a cor dele é a cor mais bonita...
Então nosso camaleão troca de cor, mágico!

Olha, ele encontrou o amiguinho pintinho e ficou amarelinho...

Assim ele encontra vários amigos: o cachorrinho marrom, a joaninha vermelha, a borboleta azul... e ele segue trocando de cor!
Você pode trabalhar cada cor em um dia, usando crepom, retalhos de EVA ou retalhos de tecido... não é uma ideia maravilhosa?
Esta postagem eu copiei do blog Pra gente miúda.

domingo, 20 de maio de 2012

Desenho pronto com as crianças?????

Uma educadora questionou:
"Já sei que não deve dar desenho pronto para as crianças, mas posso dar apenas para colagens?"
Eis a pergunta.
Vamos pensar nas crianças.
Desde muito pequenas, elas têm curiosidade sobre a escrita, os lápis, as canetas, tudo que produza marcas. Quando descobrem que aquele movimento com o objeto produz uma marca sobre a superfície elas o repetem continuamente, algo que gera prazer. É o prazer do gesto, da repetição.
Quando damos um desenho pronto e este é reconhecido pela criança ela tenta colorir, faz o gesto tentando cobrir e acaba por fazer desaparecer o desenho, perdendo em seguida o interesse. Já os maiores que conseguem pintar dentro dos contorno, dependendo do tamanho do desenho perdem o interesse também. Mas isso não é regra. Há crianças que gostam de colorir desenhos prontos e permanecem quietas até o final e isso encanta alguns professoras, não é mesmo?
Mas afinal, qual será o objetivo de dar a criança um desenho pronto para colorir ou pintar, ou colar?
Mas será mesmo que as crianças precisam de um modelo pronto para aprender a colorir, colar ou pintar?
Só se aprende a colorir, colar ou pintar sobre um desenho pronto?
São muitas perguntas que me inquietam, mas tenho minhas respostas pessoais e estas foram construídas ao longo de minha experiência como professora, afinal também já dei muitos desenhos prontos para as crianças preencherem e gostava. Achava que precisava de algo para enfeitar as atividades além de garantir que as crianças ficassem quietas. Porém descobri que as crianças podem muito mais. 
Assim, penso a prática com as crianças de forma diferente.
É preciso oportunizar às crianças ricas experiências de desenho, ampliar o repertório delas oferecendo diferentes fotografias, gravuras, livros, obras de arte, pinturas e etc para que elas possam ter boas referências ao construírem seus desenhos. É preciso se ter um por que desenhar, para que desenhar, só assim o desenho terá sentido e ela irá investir para fazer o melhor.
Diante de tudo isso, penso que a criança não precisa de desenhos prontos nem para colorir, nem para colar e nem para pintar. Ela tem potencial para criar suas próprias produções, colagens e pinturas. Ela precisa é de uma professora que consiga ver e entender suas produções, entender por que fez daquela forma e que essa construção é um processo individual de cada criança e que a medida que for tendo diferentes experiências de desenho pintura e colagens melhor ficará sua produção.

Compreender o desenho da criança é entender um pouco como ela pensa o mundo a sua volta.


sábado, 19 de maio de 2012

Roda...roda... Que delícia!

Quem não se lembra das rodas de conversa na escola. Contar as novidades, contar os coleguinhas, olhar como está o tempo, cantar as músicas aprendidas, falar do passeio à casa da vovó...
E a roda de brincadeiras? Corre cotia, Fui no Tororó, Atirei o pau no gato.
A roda de músicas com coreografias diversas acompanhando a música, o rítmo e muito mais.
A roda é uma prática que vem sendo esquecida a cada dia, infelizmente. Grande parte das professoras hoje já não fazem mais rodinhas no início do turno e se fazem sentam em cadeirinhas e não no chão com as crianças.
É uma pena, afinal as crianças aprendem pelo modelo, não é mesmo?
Mas as que fazem sabem dos bons momentos que esta prática oportuniza. É o momento em que as crianças aprendem a ouvir o outro, a falar sobre si mesmo, socializa suas impressões, seus desejos, aprende sobre muitas coisas.

Em uma de minhas andanças pelos blogs que divulgam boas práticas encontrei este relato que diz sobre a roda com músicas para os pequenos. Um trabalho intencional planejado cuidadosamente pela professora para o desenvolvimento dos pequenos.

E começaram as rodas!
Como é bom quando entendemos o que é importante na oferta de música para as crianças ! A sonoridade, o ritmo, os instrumentos diferentes... Trocamos nosso repertório constantemente, por vezes fazemos uma seleção de músicas que eles precisam ouvir nessa idade: música de letra fácil, músicas com barulhos com o corpo, músicas acumulativas, canções "misteriosas", que permitem brincadeiras, músicas com coreografias e música que é pura poesia! Bom demais!!!
O resultado dessa oferta de qualidade e intencional é que quando colocamos música na sala rola uma festa, e todo dia é diferente. Tem dias que o que prevalece são as rodas, tem dias que o que gostam mesmo é de fazer coreografias e passinhos marcados e tem outro que o bom mesmo é parecer um show, com direito a gritinhos de uhuhuhuhuhu! rsrsrsrsrsrsrsr
E seguimos a roda!

Coisas simples podem oportunizar aos pequenos ricas aprendizagens.

O professor de crianças pequenas precisa descobrir que OS PEQUENOS PODEM APRENDER COM COISAS SIMPLES.
Isso mesmo. As crianças pequenas aprendem o tempo todo pela manipulação, exploração de tudo que as cerca e você professora pode aproveitar oportunizando muito aprendizado com coisas simples e que eles vão adorar.
Mas é preciso....
 
PLANEJAMENTO
EXTRAPOLAR O ESPAÇO DA SALA
ORGANIZAR MATERIAL
PARTICIPAR JUNTO COM AS CRIANÇAS
PROPOR DESAFIOS
OBSERVAR
REGISTRAR
 
Veja a abordagem do blog Aprendi na creche.



Abre, fecha. De encaixe, de rosca ... Muitos recipientes têm tampas e se se trata de uma rolha ou de um frasco com fecho de rosca, as crianças adoram abri-lo e fechá-lo vezes sem conta para investigar o seu mecanismo.

Sons por descobrir... Uma garrafa de plástico cheia de arroz, grão ou ervilhas cruas transforma-se num fantástico chocalho no qual a criança descobre o ruído que produz.
    Ordenar por tamanho, cores e formas os mais variados utensílios da cozinha.
  • Ácido, doce ou salgado: colocar umas gotinhas de limão ou uma pitada de açúcar ou de sal num copo com água para descobrir as diferenças entre ácido, doce e salgado.
  • Despejar sólidos e líquidos de um recipiente para o outro, iniciar com legumes secos, como o grão e depois com arroz e finalmente com água.

Atenção professora do berçário!!!!!


Estimulação - Rodar
Enquanto não aprende a virar-se sozinho, podemos ajudá-lo utilizando uma toalha.
Estique-a na horizontal, coloque o bebé em cima dela, de barriga para cima e segure a toalha pelos extremos perto do bebê de forma a que este se sinta seguro. De seguida, faça rodar o bebê sobre a toalha, puxando alternadamente um extremo e outro. Quando sentir que o bebê está pronto, estique um pouco mais de um lado até conseguir que este fique de barriga para baixo.

Rodar é fundamental para engatinhar. Aprendem a controlar o seu corpo e fortalecem os músculos.

Cantinhos: ricos espaços de aprendizagens para os pequenos.

As salas das escolas de Educação Infantil precisam ser pensadas de forma diferente das salas do Ensino Fundamental, afinal as crianças são muito pequenas e precisam de outra disposição de materiais e mobiliário.
Uma diferente opção utilizada pelos professores são os cantos diversificados. Espaços montados em sala que atendem a diferentes interesses e descentraliza a figura do professor.
Veja a abordagem de um blog sobre cantos diversificados:
" Para a criança, o espaço é o que sente, o que vê, o que faz nele. Portanto, o espaço é sombra e escuridão, é grande, enorme ou, pelo contrário, pequeno, é poder correr ou ter de ficar quieto, é esse lugar onde pode ir, olhar, ler, pensar. O espaço é em cima, embaixo é tocar ou não chegar a tocar, é barulho forte, forte demais ou, pelo contrário, silêncio, são tantas cores, todas juntas ao mesmo tempo ou uma única cor grande ou nenhuma cor...
O espaço, então, começa quando abrirmos os olhos pela manhã em cada despertar do sono, desde quando, com a luz retornamos ao espaço."
( Fornero, apud Zabalza 1998)

Na educação infantil é imprescindível um ambiente acolhedor e desafiador. Que tenha por objetivos, produzir conhecimento e aprendizagem, através de vivências lúdicas.

É comum comentários e reclamações principalmente nos berçários a respeito de mordidas, arranhões e etc. Nesta experiência percebemos que a partir do momento em que nós introduzimos os cantos de livre escolha, essas situações diminuíram praticamente 90% , fato absolutamente compreensível tendo em vista que as crianças ficaram mais compenetradas nas brincadeiras, tornando aquele espaço um mundo inteiramente seu. Aprendendo desta forma simples a compartilhar, expressar seus sentimentos e pensamentos e a lidar com situações conflituosas tendo a liberdade de escolher onde quer ficar, o que deseja fazer, com quem brincar ou simplesmente brincar sozinha.
Optamos por iniciar com um canto permanente durante uma semana, e procedendo a troca de outros cantos diariamente. A criança não nasce sabendo brincar isso é uma aprendizagem social. No inicio foi necessário que ensinássemos as crianças a brincarem, sentando e interagindo nas brincadeiras, não para transmitir uma forma única de brincar, mas para possibilitar que as crianças não temam em avançar suas potencialidades e imaginação até se apropriarem e criarem seu próprio jeito de brincar.

Notamos que desta forma as crianças vão se apropriando do espaço. Vão criando e recriando de acordo com o seu estado de espírito, criatividade e disposição, afinal de contas, nenhum dia é igual ao outro. E os cantos se tornam cada vez mais atrativos.
Com a sequência de fotos a seguir você poderá acompanhar alguns exemplos de cantos que organizamos, pois foram vários no decorrer do ano que demonstram a participação, a construção, a produção e a criação das crianças.

Primeiramente mostraremos a organização da sala e em seguida os cantos isoladamente para melhor detalharmos.
Os blocos lógicos também podem ser usados como jogo da memória, nessa organização eles foram disponibilizados de forma diferenciada, colocados enfileirados em direção ao cercadinho, criamos um canto com mesas de artes com papel sulfite e canetinhas ao fundo da sala, livros sobre os colchonetes e caixa de sensações no centro da sala com plástico bolha no chão. 
Neste dia optamos por organizar os cantos da seguinte maneira: pista de carros, blocos lógicos, jogo da memória de madeira e jogo da memória com as fotos das crianças. (mostramos assim que podemos disponibilizar com os mesmos objetos cantos diversificados)
Neste outro momento demos um aspecto totalmente diferente aos cantos: Tenda da leitura, pista de carros, jogo da montanha russa e jogo de boliche com placas de EVA nos formatos quadrado, redondo, triângulo e retângulo.
Sabemos que a rotina é cansativa principalmente quando se tem entre 1 a 2 anos e meio deste modo sempre nos preocupamos em organizamos a sala de modo criativo, neste dia os cantos são: jogos de encaixe, cantinho da beleza, casinha e cantinho da leitura.

Cantinho das artes:






De forma simples colocamos três mesas com dois lugares, papel sulfite e canetinhas, mas este canto simplificado é bem explorado, diversificando com papel pardo no chão, cartolinas nas paredes, massinhas, giz de cera, tintas etc
Este é um dos cantos preferidos das crianças, livremente sem nenhuma obrigação brincam desenhando soltando sua imaginação e criatividade.

Pista de carros:
A pista de carros foi confeccionada pelas educadoras do BI Sandra Borges e Valéria Paulino com intuito de promover o brincar de forma mais significativa, observando, elas perceberam que as crianças quebravam os carrinhos, por não saberem brincar, desejando modificar essa atitude elas desenvolveram a pista e notaram que as crianças sendo direcionadas para um objetivo começaram a brincar corretamente sem destruir os brinquedos.
Observe com que cuidado e atenção o Matheus se dedica ao colocar os carrinhos na pista ultilizando a sua imaginação.






 
Cantinho das texturas:









Esta caixa foi confeccionada pela educadora Quitéria Campanaro, com o objetivo de aguçar os sentidos e a curiosidade das crianças.
A sensação de prazer ao tocar, pisar e estourar bolhas e caixa foi demonstrada claramente pelas crianças.



Ao nos depararmos com as poucas opções de brinquedos oferecidos pela Instituição, buscamos alternativas para não empobrecer os cantos e as atividades em geral, assim, unindo a criatividade aos talentos manuais elaboramos brinquedos e jogos, para não deixarmos de brincar.
Jogo da memória:









O jogo da memória foi uma superação para nós, ao colocarmos o jogo sobre a mesa esperávamos que ao entrarem na sala iriam jogá-lo no chão como de costume, mesmo após termos sentado e ensinando-os a jogar, mas para nossa surpresa o resultado foi diferente, o Eduardo, a Anny e o Kalebe sentaram e dividiram as peças sem contendas. O Eduardo organizou as peças dentro da caixa tentando encontrar os pares e conversando com os amigos para ver se estava com eles, tentando negociar uma troca das peças que lhe interessava.



 Escritório:
Criamos o canto colocando duas mesas e duas cadeiras com um teclado e um notebook:




A Nicolly chegou primeiro e tomou posse da cadeira e do notebook, surge o primeiro conflito, a Júlia e o Felipe também queriam brincar, mas havia somente uma cadeira (propositalmente).
Então a Júlia e o Felipe decidiram brincar em pé ao redor da Nicolly e assim seguiram amigavelmente sem nenhuma interferência do professor.

Casinha:
Organizamos este canto com uma mesa de madeira com quatro cadeirinhas, com uma toalha de mesa, bule e canecas de metais.





Primeiramente a Natália chegou e brincou por um bom tempo sozinha, servindo-se, depois chegou o Kalebe que começou a dividir a brincadeira com ela e logo depois a Anny e o Kaique, que conversavam entre si, tomando café e leite, representando as situações vividas (jogo simbólico).


Cantinho da telefonia:
O ambiente foi organizado com telefones em cima dos quadrados:

Foi impressionante como cada um ao entrar na sala foram exatamente um para cada telefone, uns ligando para a mamãe, outros para o papai, outros para os colegas de sala, etc. É significativo também dizer que a maioria da construção dos cantos e seus acessórios são feitos por brinquedos confeccionados pelos educadores, como os jogos e caixas, tanto como sucatas e aparelhos eletrônicos que se transformaram em brinquedos: telefones, computadores, entre outros objetos.

Cantinho da leitura:
Sempre organizamos o cantinho da leitura de formas diferenciadas, afim de não se tornar monótomo e de aguçar expectativas.
Tenda de leitura, Nicolly,Felipe e Riquelmy dentro da tenda lendo, manuseando os livros.
Estante de livros com tapetes e almofadas.
O hábito de ler está cada vez mais instigante nesta turma, o Everton que vemos na foto ao lado, já consegue até distinguir os autores dos livros mais lidos apresentados nas sequências de leitura como as autoras e ilustradores: Sônia Rosa, Luna,Tatiana Belinky, KeithFaulkner e Jonathan Lambert.

Blocos lógicos:




Os blocos lógicos de madeira dispostos nos carrinhos, dão a possibilidade de soltarem a imaginação e utilizarem as peças para várias coisas, usando o próprio carrinho. Na foto podemos perceber a concentração da Nátalia equilibrando um sobre o outro.

Cantinho da beleza:
No cantinho da beleza, para incrementar a brincadeira cada educador foi contribuindo com um objeto em especial, a Marcia Jorge trouxe um secador e uma chapinha de brinquedo, eu ( Andréia) a Shirley e a Gorete ( diretora) contribuímos com embalagens como: desodorantes, potes de shampoo vazios e pentes e a Quitéria com colares e pulseiras. As crianças se divertiram muito, principalmente as meninas explorando suas vaidades. A Larissa foi a que mais se identificou com o secador de cabelo, colocava os amigos na cadeira e com muita eficiência escovava os cabelos no seu faz de conta.

 
Jogos de encaixe:

Diferentes jogos de encaixe desafiam as crianças e tornam a brincadeira mais empolgante, por isso procuramos sempre disponibilizar a eles esta diversidade. E solicitamos a coordenadora e a diretora que com a verba do PTRE se fosse possível priorizasse estes brinquedos, não somente dos jogos mais de outros brinquedos para de forma organizada montar-mos kits que compõem os cantos, tornando mais fácil e rápida a organização e disposição do espaço, deixando nossos cantos mais desejáveis e atrativos.

Dado:
O dado foi confeccionado durante a sequencia didática Copa do Mundo 2010, afim de introduzrr os animais da África de uma forma mais lúdica.


Os cantos sempre são organizados um pouco antes do jantar, pois nesse horário contamos com a presença dos ATES que nos auxiliam. Assim nós professoras sempre revezamos para preparar o ambiente. Não utilizamos somente a sala de convivência, muitas vezes usamos o solário e o parque também, principalmente nos dias ensolarados. Em um determinado dia, devido a correria da rotina não conseguimos organizar os cantos e foi incrivelmente marcante ,ver estampado na face das crianças a decepção, ao encontrarem a sala da mesma maneira que a deixaram.

O espaço não é algo que emoldure, não é simplesmente físico, mas atravessa as relações, ou melhor, é parte delas. O professor é um mediador de diferentes relações: entre crianças e o saber, entre crianças e o mundo que as cerca, entre elas mesmas, entre elas e o mundo imediato, etc.Tal como destaca Piaget 1969, a criança conhece quando atua sobre os objetos, quando prática ações sobre os objetos. As condutas complexas diante das coisas que são próprias das crianças de um ano e meio trata-se de uma verdadeira experimentação, na qual ela faz uma análise do objeto, age sobre ele e tira conclusões sobre as suas características.
Essa exploração e experimentação constantes que a criança faz sobre os objetos, no decorrer dos dois primeiros anos de vida, proporcionam-lhe um conhecimento do mundo que a envolve, as relações que podem ser estabelecidas entre os objetos e as situações ( se move isto, posso ver o que está em cima etc).

É por isso que necessitamos proporcionar situações de jogo, experiência e manipulação de objetos diversos, bem como a realização de experiências adequadas ao nível de compreensão dos meninos e das meninas dessa idade.
Fonte: http://bercario-brincarecriaresocomecar.blogspot.com.br/
Livro: Aprender e ensinar na Educação Infantil 1999.