sábado, 30 de janeiro de 2016

Criança Pequena: um encontro de Gestoras

2016 já começou e com ele a busca por novas aprendizagens, pela troca de saberes.

Em qualquer profissão, a palavra de ordem do momento é atualização. Na Educação não é diferente. (...) Nas redes de ensino, o termo usado é formação continuada. Para todos, inclusive diretores. Afinal, um gestor bem formado faz toda a diferença nos resultados da escola e no desempenho dos alunos. Porém não bastam palestras eventuais com consultores que desconhecem a rotina de um diretor. Uma boa formação continuada envolve reuniões periódicas dos gestores com seus pares (...) visando soluções para as questões do cotidiano escolar. 
Os cursos de Pedagogia não preparam gestores escolares. Por isso, é importante investir na formação em serviço - para quem está assumindo o cargo e para os mais experientes, que também precisam de aperfeiçoamento da prática. As escolas que têm melhor desempenho, segundo pesquisa, são aquelas em que acontecem encontros periódicos entre os diretores. 
Encontro de Gestoras das Creches, CEIs e escolas de Educação Infantil do município de Nova Lima.
Nosso grupo...
Aparecida Isabel - Creche Lar da Esperança
Érica Gouveia - CEI Cássio Magnani
Flávia Freitas - CEI Nancy Romani Duarte
Gisele Gomes - E.M. Áurea Lima Taveira
Heloisa Pedroza - CEI Maria de Lourdes Scoralick Serretti
Iris - Creche Menino Jesus
Juliana - E.M. Carlos Henrique Róscoe
Juliane - CEI Maria Taveira
Nayara Bergman - E. M Flórie Wanderley Dias
Simone - CEI Nise da Conceição
Viviane - E.M Vera Wanderley
Vânia - E.M Dulce Santos Jones
Vânia Gregório - E.M Rubem costa Lima
O nosso grupo surgiu em 2015 a partir da necessidade de diálogo sobre nossas práticas, da necessidade de estudo e reflexão e também de aproximarmos nossas rotinas de trabalho nas unidades de forma a garantir com qualidade a educação e o cuidado de nossas crianças evitando-se assim comparações. Sabemos que cada instituição tem seu contexto e suas particularidades, mas por pertencerem a uma mesma rede buscamos aproximar o nosso trabalho sempre com o mesmo foco: o atendimento de qualidade e a aprendizagem das crianças.
Assim, é hora de estudar, planejar, avaliar e refletir sobre nossas práticas.
 
  "O trabalho do gestor é transformar a realidade tendo em vista a melhoria da aprendizagem e, para isso, ele precisa saber conduzir bem os processos e mobilizar as pessoas". Importante também é ter foco para não haver o risco de querer tratar de tudo ao mesmo tempo e o conhecimento construído nos encontros ficar disperso e sem aplicação."
 Para saber mais...





quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Voltas as aulas: como devo decorar a sala, os espaços da instituição?!

O educador Loris Malaguzzi (Reggio Emilia) já dizia que as paredes da creche falam!
  • O que queremos que elas comuniquem?
  • O empenho, as escolhas e o talento para o artesanato e a decoração da equipe pedagógica?
  • Ou a fala das paredes da creche deve traduzir a expressão das crianças que ela abriga?
Por mais que alguns educadores insistam em defender o espalhamento pela creche de personagens e bichinhos de cunho comercial e muito difundidos pelos meios de comunicação, asseguramos que essas imagens só tem significado para as crianças quando pertencem a um contexto. Então, personagens de desenho animado ou de livros e revistinhas, dentro da história do livro ou no clip podem dizer algo, mas soltas por ai, não!
E tem mais … será que nossas crianças já não convivem com os mesmos modelos em casa? Será que nossa missão, como educadores, não é ampliar o repertório cultural delas, promovendo pesquisas e novas descobertas? 
Bom, os Referenciais da Educação Infantil sugerem que sim…
Fonte: Blog Tempo de Creche

Sobre o desenho Infantil...



Muitas crianças chegam ao Ensino Fundamental com a expressividade bloqueada justamente por conta do direcionamento que tiveram na infância para atividades como reproduzir ou colorir desenhos prontos.
Mirian Celeste Martins*
* professora de pós-graduação em Educação, Arte e Cultura da Universidade Mackenzie

Ser professora de Educção Infantil significa ...

Beatriz Ferraz fala sobre Cuidados e Conteúdos na Creche 


Beatriz Ferraz já foi dona de escola de Educação Infantil e criou o centro de estudos Escola de Educadores, em São Paulo. Há cinco anos, trabalha com o Projeto Didática, Informação, Cultura e Arte, de formação continuada, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo (nos últimos três, atuando como coordenadora). Em sua tese de doutorado, estuda o conhecimento profissional de educadoras de creche com o objetivo de compreender o que aconteceu quando o foco mudou do bem-estar para a Educação. "Ao pensar em cuidados de cunho pedagógico, muitos deixaram para trás o colo e o afeto, que são essenciais à constituição saudável do bebê", diz. Nesta entrevista, Beatriz fala sobre essa polarização e o perfil ideal do profissional para esse segmento.

 
Como funcionam as creches hoje?
BEATRIZ FERRAZ Há dois modelos mais comuns. Um com foco nos cuidados (o bem-estar físico e as questões biológicas) e outro que usa a pré-escola como referência (foco nos conteúdos curriculares). E ambos têm problemas. No primeiro, a creche se organiza em torno das refeições e da higiene. A troca de fralda não é feita de acordo com a necessidade. Ela tem hora marcada. Como sempre, há muitos bebês e crianças pequenas sendo trocados e ninguém dá conta de todos ao mesmo tempo. Alguns ficam esperando, sem nada para fazer. Já o segundo exagera na escolarização. Professores não propõem atividades de Matemática para que os pequenos explorem materiais relacionados ao assunto, mas para aprender a contar. Na hora do banho, muitos querem ensinar sobre as partes do corpo, quando o correto é estimular os pequenos a participar desses momentos com mais autonomia, fazê-los entender a importância da higiene e ajudar com pequenas ações, como lavar as mãos e levantar os braços.

Qual o modelo mais indicado, então?
BEATRIZ O ideal é encontrar o meio-termo entre os cuidados e a escolarização. Há muitos benefícios no primeiro modelo porque os professores são sensíveis ao carinho, ao acolhimento e ao vínculo, fundamentais nessa época da vida. No segundo, o bacana é entender que as crianças são competentes, ativas e produtoras de cultura. Mesclar isso é a chave.

Os pais entendem essas diferenças?
BEATRIZ Sim. E sofrem com a polarização. A referência que eles têm é a da escola regular. Mas, quando encontram essa escolarização na creche, sentem falta do colo, do afeto, da emoção. Ao mesmo tempo, muitas famílias acham que as crianças, desde cedo, devem ter cadernos e atividades de linguagem. É papel do profissional de Educação Infantil explicar essa dupla função da escola para os pequenos.

Quais são os ingredientes de uma boa proposta pedagógica?
BEATRIZ É fundamental inteirar-se sobre a concepção de bebê e criança pequena. Existe um discurso mais difundido sobre a pré-escola: os meninos e as meninas são ativos, construtores de cultura, fazem escolhas e tomam decisões. Para a creche, é essencial definir os grandes marcos do desenvolvimento: sentar, engatinhar, andar, falar, desfraldar etc. Da mesma forma, a boa proposta pedagógica deve contemplar que esses sujeitos tenham possibilidades de interação (e não sejam tratados como passivos, completamente dependentes dos adultos, sem outra necessidade além das básicas). Estudar o que os teóricos deixaram é outro ponto. O que Jean Piaget (1896-1980) queria dizer com o período sensório-motor? E Lev Vygotsky (1896-1934), ao afirmar que o bebê é um sujeito social? Nenhum deles disse que os pequenos precisam aprender a contar ou a segurar o lápis. Por isso, acredito que uma proposta pedagógica para a creche deve ter espaço para a formação de valores, a constituição da criança como sujeito, as relações sociais e as questões de vínculo, segurança e afeto. Todos devemos estar conscientes de que os bebês conhecem o mundo em todas as suas facetas: cheiros, gostos, formas, texturas, sons - e só depois vão organizar esse conhecimento.

Como os bem pequenos aprendem na Educação Infantil?
BEATRIZ Sempre de forma ativa. Na relação com as pessoas, os objetos, o ambiente, outros bebês ou crianças mais velhas. É preciso valorizar a exploração e a manipulação, investindo em materiais que possibilitem isso, como os brinquedos. Um cubo áspero de um lado e escorregadio de outro permite que o bebê entenda essas diferenças. Os pequenos também aprendem fazendo escolhas. O francês Gilles Brougère diz que o bebê já sabe se deseja ou não brincar. Quando não quer, chora. Quando quer, estica a mão, mexe a perna, dá um grito. É importante respeitar esse interesse. Além disso, é fundamental entender que não é o professor que ensina a criança a explorar e escolher. Isso acontece naturalmente. Seu papel é propiciar oportunidades. Daí a importância do ambiente para garantir a interação com segurança e conforto.

Como deve ser o espaço da creche?
BEATRIZ Ele deve ter diferentes objetos motivadores, como brinquedos e outros materiais que ofereçam diversas experiências. Não é preciso ter seis bonecas na sala porque há seis crianças. Existe essa idéia de que elas têm dificuldade de dividir. Na verdade, elas vêem o objeto do outro e querem brincar junto para interagir.

Quais são as qualificações pessoais mais importantes para trabalhar em creche?
BEATRIZ Gostar das crianças é essencial, mas não basta. A pessoa tem de estar preparada para cuidar e educar. Precisa saber lidar com imprevistos, se relacionar bem com outras pessoas e ter ética. Não é admissível tirar a mamadeira da boca de um bebê, colocá-lo no berço e se despedir só porque está na hora de ir embora.

Como deveria ser a formação inicial?
BEATRIZ Para começar, a expressão cuidado deve ser entendida como cuidar e educar. Também é importante saber trocar fralda, dar banho, segurar no colo e ter noções de primeiros socorros. É essencial entender como se dá o desenvolvimento humano dentro de situações coletivas, como a escola, e ser formado para refletir sobre a própria prática.

Quer saber mais?
CONTATOS Beatriz Ferraz
Escola de Educadores, R. Brás Mendes, 70, casa 3, 05443-070, São Paulo, SP, tel. (11) 3853-6562

Atenção mamães! Hora de ir para a escola....

10 coisas que toda professora adoraria que você ensinasse ao seu filho

Pois é, é claro que, as professoras de educação infantil estão preparadas (ou deveriam estar) para lidar com estas turminhas de maneira muito mais fácil do que você, mas isso não significa que você pode “largar” todo o trabalho pra ela!
Estava conversando com uma amiga que é professora da educacao infantil, e ela me contou que, algumas pequenas atitudes dos pais, algumas pequenas vivências dos filhos em casa, antes de iniciar na escola, fazem muita diferença para o desenvolvimento das crianças.
Este papo me fez pensar em como as professoras devem ver, ouvir e sentir coisas das crianças que nós, como pais, e por estarmos tão envolvidos com os nossos filhos, simplesmente deixamos passar.
Fiz uma verdadeira “cata” de bate papo com todas a minhas amigas e conhecidas que são professoras e descobri as 10 coisas que toda professora adoraria que você ensinasse para o seu filho, antes de matricula-lo na escola!
Para garantir a não exposição destas professoras, não vou mencionar seus nomes ou escolas onde lecionam, também estou tomando como base, crianças que iniciam a vida escolar de acordo com a lei brasileira, que recomenda matricular as crianças a partir dos 4 anos.
Quer ver só o que elas têm a pedir pra você?
1- ” Ensine seu filho a amarrar os cadarços, ou mande-o para a escola com tênis de velcro!”
Uma coisa tão simples mas que, segundo as professoras, faz muita diferença no dia a dia! Imagina estar preocupada em amarrar os cadarços de pelo menos 10 crianças durante o período das aulas, para garantir que elas não se machuquem? Facilite a vida das professoras, a sua e a do seu filho, ensine-o a amarrar ou, compre tênis com fecho de velcro!
Algumas dicas para ensinar a amarrar, como a corda nas pernas e o sapato no papelão podem ajudar e, outra coisa bem bacana, são os cadarços de silicone. Funcionam bem com qualquer modelo de tênis e tem em várias cores! ;)
2 – “Aprender a dividir e ser solidário é uma coisa que eles aprendem pelo exemplo!”
Todas as crianças passam por uma fase “egoísta”, uma fase em que sentem mesmo dificuldade em dividir suas coisas. Mas como tudo nesta vida de criança, os pais precisam ensinar os filhos a controlarem estes sentimentos, e o jeito mais eficaz de ensinar, é pelo exemplo!
Mesmo que ele seja filho único, ver você dividir com amigos e parentes, ensiná-lo a fazer isso com os avós, tios etc. com certeza já vai colocá-lo no “caminho” para compreender que é importante saber dividir. Imagina uma sala de aula com 10 crianças de 4 anos que não aceitam trocar de brinquedos uns com os outros?
3 – “Ensine o seu filho que ele pode pedir ajuda!”
Algumas crianças são mais “independentes” outras, simplesmente não aprenderam a “pedir ajuda” falando, elas aprenderam que chorar resolve todas as coisas! Pense que, a primeira “comunidade” que o seu filho vai frequentar, será a sala de aula, como ele vai se virar lá dentro se você não ensinar a ele como pedir ajuda quando precisar?
A professora não conhece as caretas, choros e necessidades do seu filho só de “olhar pra ele”, como você faz afinal, ela o está conhecendo agora, você o conhece por toda a vida!
4 – “Ensine para o seu filho que você vai voltar para buscá-lo! Ensine-o a confiar!”
A maioria das crianças que entram na escola pela primeira vez, choram muito para ficar por lá. Elas têm medo, e é completamente compreensível! Você também deve se lembrar da primeira vez que entrou em alguma escola, o frio na barriga, o medo da nova professora, dos colegas diferentes…
Para os pequeninos, este medo é ainda pior, eles não sabem o que esperar, não sabem como lidar com este sentimento e então, vira aquela choradeira, aquele drama, e sofre a criança, sofre a mãe, sofre a professora…
Uma coisa que funcionou aqui em casa, foi deixar a Cacá na casa da avó por alguns período antes do início das aulas. Eu conversava com ela, explicava que ela ficaria por algumas horas mas, que logo eu estaria de volta. Fui aumentando gradativamente os períodos até, chegar a 4h sem problemas.
Claro que, casa de vó é diferente afinal, a criança já conhece a avó e vai ficar por lá com mais facilidade mas, a questão aqui é ensiná-la a confiar na sua palavra, ensinar que você vai, mas volta!
5 – “Deixe o seu filho mexer com pincéis, lápis de cor, tintas..”
Ter contato com materiais de arte ajuda o seu filho a desenvolver habilidades cognitivas e motoras além disso, quando ele estiver na escola, já estará familiarizado com os materiais e ferramentas e será muito mais produtivo nas aulas. Sem frustrações!
6 – “Não pode agredir, simples assim!”
Pior do que ter um filho mordido pelo coleguinha, é ser a mãe da criança que morde! Violência não é uma resposta aceitável para nada, e isso precisa ser ensinado em casa! Se você não deseja que seu filho volte da escola mordido por alguém, não deixe que seu filho morda ninguém!
E não, não acontece porque a “tia” não estava olhando, acontece porque as crianças, que ainda não aprenderam a se comunicar de maneira efetiva através da linguagem, tem a tendência em “dizer” o que querem usando seus corpos. Pode ser abraçando, beijando, sorrindo, desenhando pra você ou, pode ser mordendo e batendo. O que você prefere? ;)
7 – “Se você pretende mandar um lanche saudável para a escola, tenha certeza que seu filho come isto em casa!”
Vou replicar o relato da professora aqui: “Muitas vezes, algumas mães acham que a hora certa para começar a pensar em alimentação equilibrada, é mandando coisas saudáveis na lancheira, coisas que a criança nunca comeu antes e não come em casa, isto nunca dá certo!”
Quando esta professora me disse isso, fiquei pensando: é tão óbvio, né? Como você vai querer mandar cenourinha baby na lancheira da criança e esperar que ela se alimente se, em casa, você nunca oferece uma saladinha? Fica meio complicado, né?
Se é para fazer, faça direito! Comece a mudança alimentar em casa, ensine a criança a comer de forma equilibrada, desenvolva o paladar dela antes de querer fazer isso com a lancheira e depois, colocar a culpa na professora por a criança não estar comendo!
8 – “Ensine seus filhos que não é não!”
Puxa, falar sobre limites é muito delicado! Crianças precisam de limite, assim como precisam de rotina e regras. Isto é a base da primeira infância para que elas se sintam seguras o suficiente para pensar e fazer do jeito delas, a medida em que forem crescendo. Acho que todas as dicas anteriores, poderiam se resumir nesta: não é não!
Não pode bater! Não pode morder! Não pode pegar o brinquedo do amigo! Não pode sair da sala sem avisar! Não pode sair correndo no meio da atividade…
9 – “Dê noções de higiene ao seu filho antes de enviá-lo à escola!”
Escovar os dentes após as refeições, não pode ser uma coisa que a criança faz só na escola, dar descarga, não comer comida do chão, lavar as mãos antes de comer… Ter noções de higiene é uma questão de saúde, do seu filho e dos coleguinhas da classe!
10 – “Ensine seu filho a falar!”
Pode parecer besteira mas, ensinar a falar quer dizer, ensinar a se comunicar, usar as palavras! Muitas coisas na nossa vida são facilitadas se nos comunicamos, se usamos as palavras! Pedir desculpas, dizer que não gostou de alguma coisa, dizer que está feliz, que está triste, que quer ir ao banheiro… Ensine o seu filho a se comunicar, isso vai facilitar, e muito, a vida dele!
Depois deste papo com as professoras, percebi que muitas coisas, são na verdade um exercício de empatia. Quando você se coloca no lugar do outro, e observa de outro ponto de vista, entende que pequenos detalhes que você ignora em casa, fazem muita diferença na vida em sociedade e no fim, quem passa pelas maiores dificuldades, são os nossos filhos mesmo!
Não vi nada de exagero nestes “pedidos” das professoras, acho que precisamos sempre lembrar que a educação dos nossos filhos funciona muito melhor quando família e educadores trabalham em conjunto por isso, uma coisa precisa complementar a outra!
Conhecer 1 milhão de escolas, pagar a escola mais cara, encher as crianças de 1001 atividades extra-curriculares e outras coisas não vai mudar nada se você não fizer a “sua parte” em casa antes de mandar os pequenos para lá! Pensa nisso! ;)

Fonte:  http://www.bagagemdemae.com.br/10-coisas-que-toda-professora-adoraria-que-voce-ensinasse-ao-seu-filho/

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Base Nacional Comum Curricular

Direitos de aprendizagem na educação infantil

  • CONVIVER democraticamente, com outras crianças e adultos, com eles interagir, utilizando diferentes linguagens, e ampliar o conhecimento e o respeito em relação à natureza, à cultura, às singularidades e às diferenças entre as pessoas;
  • BRINCAR cotidianamente de diversas formas e com diferentes parceiros, interagindo com as culturas infantis, construindo conhecimentos e desenvolvendo sua imaginação, sua criatividade, suas capacidades emocionais, motoras, cognitivas e relacionais;
  • PARTICIPAR com protagonismo, tanto no planejamento como na realização das atividades recorrentes da vida cotidiana, na escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo linguagens e elaborando conhecimentos;
  • EXPLORAR movimentos, gestos, sons, palavras, histórias, objetos, elementos da natureza e do ambiente urbano e do campo, interagindo com diferentes grupos e ampliando seus saberes e linguagens;
  • COMUNICAR com diferentes linguagens, opiniões, sentimentos e desejos, pedidos de ajuda, narrativas de experiências, registros de vivências e de conhecimentos, ao mesmo tempo em que aprende a compreender o que os outros lhe comunicam;
  • CONHECER-SE e construir sua identidade pessoal e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento nas diversas interações e brincadeiras vivenciadas na instituição de Educação Infantil.

A Educação Infantil na Bas Nacional Comum Curricular


A Educação Infantil em nosso país, nas últimas décadas, vem construindo uma nova concepção sobre como educar e como cuidar de crianças de zero a cinco anos em instituições educacionais. Essa concepção deve buscar romper com dois modos de atendimento fortemente marcados na história da Educação Infantil: o assistencialista, que desconsidera a especificidade educativa das crianças dessa faixa etária, e também o escolarizante, que se orienta, equivocadamente, por práticas do Ensino Fundamental.
As atuais Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI - Resolução CNE/CEB nº. 05/09, artigo 4º) definem a criança como um sujeito histórico e de direitos, que brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e sobre a sociedade, produzindo cultura. O reconhecimento desse potencial aponta para o direito de as crianças terem acesso a processos de apropriação, de renovação e de articulação de saberes e conhecimentos, como requisito para a formação humana, para a participação social e para a cidadania, desde seu nascimento até seis anos de idade. Além disso, em uma ação complementar das instituições educativas com as famílias, a comunidade e o poder público, é imprescindível assegurar o direito das crianças à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à cultura, às artes, à brincadeira, à convivência e à interação com outros/as meninos/as.
O posicionamento em relação aos processos pedagógicos na Educação Infantil parte da concepção de que a construção de conhecimentos pelas crianças nas unidades de Educação Infantil, urbanas e do campo, efetiva-se pela sua participação em diferentes práticas cotidianas nas quais interagem com parceiros adultos e companheiros de idade.
Nesse processo é necessário reconhecer dois pontos. O primeiro diz respeito ao modo como as crianças pequenas se relacionam com o mundo, a especificidade dos recursos que utilizam, tais como a corporeidade, a linguagem, a emoção. Entender essa forma relacional e afetiva, muito ligada à vivência pessoal, em que se utiliza um reduzido uso de categorias para assinalar o que se conhece, é crucial a um trabalho na Educação Infantil. Nessa etapa, as crianças reagem ao mundo fortemente guiadas por suas emoções, buscam conhecer diferentes pessoas, adultos e crianças, adquirem maior autonomia para agir nas práticas cotidianas que envolvem as tarefas de alimentação, de higiene, na integração do educar e do cuidar. Nesse período etário, mais do que em qualquer outro, as interações e as brincadeiras, em especial as de faz de conta, são os principais mediadores das aprendizagens da criança e se fazem presentes em todo o tipo de situação: nas explorações de objetos e de elementos da natureza, no reconhecimento dos comportamentos dos parceiros, no acompanhamento de uma apresentação musical ou de uma história sendo contada.
O segundo ponto chama a atenção para o reconhecimento de que o conjunto dos discursos e das práticas cotidianas vivenciados nas instituições educacionais conforma um contexto que atua nos modos como as crianças e os adultos vivem, aprendem e são subjetivados, desde o nascimento, com fortes impactos para sua própria imagem e para o modo como se relacionam com os demais. Em função disso, o foco do trabalho pedagógico deve incluir a formação pela criança de uma visão plural de mundo e de um olhar que respeite as diversidades culturais, étnico-raciais, de gênero, de classe social das pessoas, apoiando as peculiaridades das crianças com deficiência, com altas habilidades/superdotação e com transtornos de desenvolvimento.
Esses pontos guiam o modo de as crianças conhecerem o mundo social e físico e se apropriarem das diferentes linguagens e tecnologias que aí circulam e podem ajudá-las a desenvolver atitudes de solidariedade, de respeito aos demais e de sustentabilidade da vida na Terra. Para isso, elas precisam imergir nas situações, pesquisar características, tentar soluções, perguntar e responder a parceiros diversos, em um processo que é muito mais ligado às possibilidades abertas pelas interações infantis do que a um roteiro de ensino preparado apenas pelo/a professor/a. Daí que o currículo na Educação Infantil acontece na articulação dos saberes e das experiências das crianças com o conjunto de conhecimentos já sistematizados pela humanidade, ou seja, os patrimônios cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico (DCNEI, Art. 3º).
Essas considerações fundamentam os três princípios que devem guiar o projeto pedagógico da unidade de Educação Infantil propostos nas DCNEI (Resolução CNE/CEB 05/09, artigo 6º):
  • éticos (autonomia, responsabilidade, solidariedade, respeito ao bem-comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades);
  • políticos (direitos de cidadania, exercício da criticidade, respeito à ordem democrática);
  • estéticos (sensibilidade, criatividade, ludicidade, liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais).
Tais princípios embasam os temas, as metodologias e as relações que constituem o modo de gestão das turmas e das unidades e a programação dos ambientes no dia a dia da unidade de Educação Infantil.

2016 chegou!

Estamos ainda em férias mas já começamos a pensar na escola, afinal um bom profissional não começa o ano sem planejar suas ações, organizar o seu material, fazer planos para a sua turma, para sua equipe, para a escola...
É preciso organizar tudo antes que o ano escolar inicie e que os pequenos cheguem. 
Então vamos lá.
Uma boa leitura não pode faltar. 
Que tal dar uma olhadinha em boas referências para a Educação Infantil, na proposta curricular de sua escola, as legislações, novas publicações, sites, blogs... 
Um mundo de conhecimento espera por você.
Leia. Atualize-se!

Base Nacional Comum Curricular: você deve conhecer e participar!

O PNE – Plano Nacional de Educação prevê a elaboração de (mais!) um documento orientador para as práticas da escola: a Base Nacional Comum Curricular, em processo de tramitação no congresso.
Nesse documento, profissionais especialistas e interferências da sociedade pretendem construir coletivamente os “direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos”.
Faça uma visita no site conheça o material e participe dando sua contribuição.