Pediatras prescrevem: “leiam em voz alta para os bebês, desde o nascimento”
A orientação foi considerada inédita
para as grandes associações médicas. O que a Academia Americana de
Pediatria prega é que ler para o bebê assim que ele nasce ajuda no
desenvolvimento de habilidades essenciais. Para o seu trabalho na área
de Saúde ou Educação, este post é bem especial!
A Academia Americana de Pediatria acrescentou mais uma orientação aos
profissionais quando estes tratarem da criança pequena em seus
consultórios ou unidades de Saúde: além da amamentação exclusiva até os
seis meses, a imunização por meio de vacinas, devem também prescrever
aos pais que leiam em voz alta para seus filhos desde o nascimento.
Os 62 mil pediatras dos Estados Unidos, que compõem o grupo,
reconhecem e querem disseminar aos demais profissionais, e a toda
sociedade, que uma parte importante do desenvolvimento do cérebro se dá
nos primeiros três anos de vida e essa leitura amplia o vocabulário,
além de fortalecer outras importantes habilidades de comunicação.
Embora muitos pais já tenham esse hábito, inclusive com a criança
ainda no útero, pesquisas indicam que uma boa parte não lê para seus
filhos com tanta frequência, o que é considerado essencial para a
pré-alfabetização.
Um estudo, que já tem duas décadas, apontava que crianças de três
anos, de famílias economicamente bem-sucedidas, já tinham ouvido milhões
de vezes mais palavras que os filhos de pais de menor escolaridade e
baixa renda. Uma pesquisa mais recente mostrou que as diferenças já são
perceptíveis aos dezoito meses.
Outra preocupação dos profissionais é com o fácil acesso à tecnologia, em todas as faixas de renda. Os bebês usam smartphones e tablets, movendo as telas com os dedos, o que pode deixar a leitura em voz alta para um segundo ou terceiro plano.
Por meio dessa nova recomendação, o grupo pediátrico pretende ajudar a
também reduzir as diferenças acadêmicas entre crianças de alta e de
baixa renda.
Uma das iniciativas para dar conta dessa missão e o “Reach Out and
Read”, um grupo de alfabetização sem fins lucrativos que emprega cerca
de vinte mil pediatras americanos para distribuírem livros às famílias
de baixa renda. Ou seja: a área da Saúde integrando-se à área da
Educação.
O movimento tem crescido nos EUA e pode servir de inspiração ao seu
trabalho com a criança pequena. Afinal, para garantir que ela se
desenvolva integralmente, é preciso que as diversas áreas que a atendem
se integrem e troquem expertises para garantir uma infância plena.
O assunto foi notícia no portal UOL, cuja matéria “Grupo pediátrico recomenda ler em voz alta para crianças desde o nascimento” inspirou este post.
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