segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Você sabe o que é Inclusão Social?

É o conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pelas diferenças de classe social, educação, idade, deficiência, gênero, preconceito social ou preconceitos raciais. Inclusão social é oferecer oportunidades iguais de acesso a bens e serviços a todos.
 Fonte: Wikipédia

Jogos Virtuais

Estratégia de aprendizagem e inclusão

Quando nos referimos à aprendizagem, é comum afirmarmos que cada indivíduo tem o seu tempo e que o meio interfere no desenvolvimento das habilidades. Nesse sentido, existe um questionamento que, no período contemporâneo, torna-se necessário: em uma realidade na qual os jovens, desde bem novos, têm contato com aparelhos celulares, smartphones, computadores, tablets e jogos virtuais, seria realmente possível as crianças permanecerem paradas, estáticas e passivas nas salas de aula?
Durante os últimos tempos, o que mais temos escutado e presenciado nas escolas são estudantes que não querem mais “só copiar”. Muitas vezes, eles sabem os conteúdos, mas seus registros são diminutos, apresentando cadernos com pouco ou quase nada copiado do quadro.
Frente a tal cenário, vale a consideração de que as pessoas aprendem de várias formas: umas são mais visuais, outras mais auditivas, algumas deduzem com facilidade e outras precisam explorar mais conteúdos para compreender determinada matéria. É nesse sentido que o uso das tecnologias para a aprendizagem pode ser ainda mais agregador.
Partindo desse enfoque, abordaremos o tema da inclusão pelo viés que é, muitas vezes, considerado o vilão nas salas de aula: a presença dos jogos virtuais na realidade dos alunos a partir dos meios eletrônicos, com destaque para o computador.

Para todos os ritmos

Os jogos virtuais podem ser utilizados para ensinar e aprender de forma lúdica e, simultaneamente, inclusiva. Isso implica pensarmos na sua utilização em contraste às metodologias tradicionais quando elas falham ao homogeneizar os alunos, e como uma ferramenta capaz de levar os alunos a superar desafios em relação à própria aprendizagem.
Entre outras coisas, a utilização de jogos virtuais para o ensino e a aprendizagem possibilita o desenvolvimento: da coordenação motora, da percepção espacial, da atenção, da concentração, da criatividade, da boa reação a situações desafiadoras, dos reforços positivos, da superação de fases e obstáculos, da escolha e elaboração de atividades, da elaboração de textos e desenhos etc.
Além disso, os jogos virtuais e outras ferramentas tecnológicas exigem habilidades como o raciocínio lógico, instigam a curiosidade e podem servir como forma de contextualizar o conhecimento, potencializando o interesse em aprender. Isso significa que estimulam habilidades necessárias para a aprendizagem formal em quaisquer níveis de educação.

Jogos virtuais para a aprendizagem

Existem jogos para todos os tipos de necessidades e que permitem um ambiente interativo onde o jogador pode manipular, refletir, deduzir e explorar diversas áreas do conhecimento em seu próprio ritmo. Há inúmeros sites e jogos online interessantes que têm se mostrado eficazes nesse sentido, pois conseguem se adaptar aos alunos e às suas necessidades. Conheça alguns deles a seguir:
• O site Aprendizagem aberta Site externo tem um ambiente Site externo com jogos virtuais, como quebra-cabeças e labirintos, para trabalhar a alfabetização e as coordenações motora e viso-motora de crianças na educação infantil;
• O portal Bebelê Site externo reúne aplicativos voltados à alfabetização de crianças também na educação infantil;
• A página Brincando com Ariê Site externo apresenta jogos Site externopara trabalhar a alfabetização e conteúdos de matemática, português, inglês e francês com crianças;
• O portal Digipuzzle Site externo disponibiliza jogos online para trabalhar conteúdos de ciências, geografia e matemática (contagem, multiplicação e horas) com alunos do ensino fundamental I;
• O site Escola games Site externo  apresenta jogos para aprimorar o aprendizado em diferentes fases de ensino. Os jogos são categorizados em fácil, médio e difícil e possibilitam trabalhar memória, atenção e concentração;
• A página Racha Cuca Site externo  tem jogos voltados para a lógica e o raciocínio. Os recursos são categorizados por idade (há opções para crianças acima de 12 anos), nível de dificuldade e tempo de duração.
Como exemplo do uso desses recursos, posso citar a minha própria experiência, pois os utilizo com alunos no atendimento educacional especializado (AEE) e também com crianças que apresentam alguma dificuldade de aprendizagem. Em minha prática, procuro estar sempre mediando e acompanhando a aprendizagem e propondo novos desafios de acordo com a demanda e a necessidade de cada estudante.
Em outras palavras: a interação e a mediação do professor ou psicopedagogo são muito importantes, pois ajudam a selecionar os diferentes jogos. E valorizar o que cada aluno possui como habilidades é o primeiro passo na escolha de atividades motivadoras.

Eliane Fátima Mariotti Cossetin é professora de atendimento educacional especializado (AEE), possui curso de formação para professores em AEE pela Universidade Federal de Santa Maria (UFMS), é pós-graduada em educação especial, deficiência mental e transtornos globais do desenvolvimento pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) e em psicopedagogia clínica e institucional pela UNINTER.
© Instituto Rodrigo Mendes. Licença Creative Commons BY-NC-ND 2.5 Site externo. A cópia, distribuição e transmissão dessa obra são livres, sob as seguintes condições: você deve creditar a obra como de autoria de Eliane Fátima Cossetin e licenciada pelo Instituto Rodrigo Mendes Site externo e DIVERSA.

Tecnologias assistiva, você sabe o que é?

Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão.
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Objetivos da Tecnologia Assistiva:
Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.
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Tecnologia assistiva ajuda a melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência.

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Fonte: pesquisa na Net 

domingo, 2 de dezembro de 2018

Profissional de apoio

Profissional de apoio na escola: quando ele é necessário?

O aluno com deficiência chega e a dúvida surge: ele precisa de um profissional de apoio? Saiba quando a presença desse agente auxilia – e quando ela pode ser uma barreira à inclusão.

Uma mulher auxilia um estudante cego a se locomover por um corredor.
Profissional de apoio deve garantir a autonomia e a independência do aluno. Foto: Aliocha Maurício.
Em vigor desde 2016, a Lei brasileira de inclusão (LBI) prevê a presença de um profissional de apoio, quando necessário, em salas de aula onde há estudantes com deficiência ou transtorno do espectro autista (TEA). Mas, por não apresentar definições ou diretrizes práticas sobre o tema – tarefas que ficam sob responsabilidade das redes de ensino – os educadores e familiares que recorrem à legislação para se orientar no dia a dia acabam com mais dúvidas do que respostas: toda criança com diagnóstico precisa de um? Qual sua função? Para responder essas e outras perguntas, o DIVERSA reuniu uma série de dicas e histórias reais que irão te ajudar a avaliar quando esse ator escolar pode auxiliar ou não o processo de inclusão dos alunos público-alvo da educação especial. Confira.

Quem tem direito?

A LBI assegura a oferta de profissional de apoio para estudantes com deficiência auditiva, visual, física, intelectual ou com autismo matriculados em qualquer nível ou modalidade de ensino de escolas públicas ou privadas. Segundo a legislação, é sua função exercer “atividades de alimentação, higiene e locomoção […] e atuar em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessário”.
A presença desse profissional, portanto, está diretamente relacionada ao público-alvo da educação especial. Por isso, quando a criança com deficiência chega na escola, sua contratação costuma ser uma das primeiras preocupações de educadores e familiares.
Mas é importante destacar: a existência de um diagnóstico não impõe a obrigatoriedade desse apoio. Isto é, não é porque o aluno tem uma deficiência que ele precisa do profissional.

Quando o apoio é necessário?

A Educação Inclusiva parte do pressuposto de que somos todos únicos e que, por isso, o processo de inclusão de cada estudante também é singular. Assim, a necessidade de um profissional de apoio deve ser avaliada particularmente, tendo em vista, de um lado, as singularidades do aluno, e do outro, o objetivo do apoio: promover sua autonomia e independência.
Nessa investigação, é importante envolver o próprio estudante, a família, os educadores e outros atores da comunidade escolar. A participação do professor do atendimento educacional especializado (AEE) também pode ser de grande valia.
Os exemplos abaixo mostram como essa avaliação foi realizada em diferentes contextos.

O apoio não é pedagógico

Há mais de 10 anos, quando as escolas de Florianópolis (SC) começaram a receber crianças que necessitavam de auxílio na alimentação, locomoção e cuidados pessoais, a Secretaria de Educação contratou profissionais de apoio para atender a demanda. No entanto, como eles tinham formação na área da educação, a medida gerou situações em que os alunos com deficiência eram pedagogicamente atendidos de forma individualizada, separados dos demais, perdendo o sentido da inclusão. Ou seja, uma estratégia cujo objetivo era facilitar o processo acabou se constituindo como uma barreira à participação dos estudantes.

Caráter transitório

Em 2012, a gestão da Escola Municipal Helena Zanfelici, em São Bernardo do Campo (SP), percebeu que era preciso ter um olhar atento aos chamados “cuidadores”, profissionais colocados à disposição pela Prefeitura para auxiliar estudantes com comprometimento motor. Segundo a diretora, havia riscos de as crianças se tornarem dependentes. Um exemplo que dá luz a uma questão importante: garantir o caráter transitório da função.

Estratégias para além do diagnóstico

Já no Rio de Janeiro (RJ), uma estagiária responsável por tarefas de “mediação” partiu da convivência com um garoto com autismo para criar estratégias de inclusão.

Leia mais em https://diversa.org.br/profissional-de-apoio-na-escola-quando-ele-e-necessario/