segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Abordagem Emmi Pikler – Educação infantil

Emmi Pikler
Reverenciada por estudiosos de educação de diversas partes do mundo, Emmi Pikler, médica austro-húngara, fundou uma instituição em Budapeste após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1946, para abrigar órfãos e também crianças de até 3 anos que corriam o risco de ser contaminadas pela tuberculose dos pais. Ali colocou em prática suas ideias, as quais consistiam em interferir menos no estágio de maturidade dos bebês, respeitar a individualidade de cada um e dedicar um cuidado especial permeado por uma relação de afeto entre 
o adulto e a criança.
A primeira infância é extremamente fundamental na vida das pessoas e poucos compreendem o valor que esta possui. Hoje em dia, a infância tem sido comprimida entre tarefas e compromissos precoces que os pais buscam para as crianças pensando que estão colaborando para o desenvolvimento e preparando um futuro seguro e feliz.
Muitos adultos exercem uma pressão psicológica e física em suas crianças, pensando no desenvolvimento psicomotor, achando que assim a criança irá se desenvolver mais rápido.
Essa pressão resulta em um caminhar desestruturado, desequilibrado e inseguro, os quais refletem diretamente no psique emocional das crianças. Porém, se as crianças desde o nascimento são respeitadas em sua infância, conseguirão desenvolver suas potencialidades de maneira natural e se tornarão adultos mais seguros, determinados e felizes.
Essa é uma das primícias da abordagem Pikler-Lóczy, desenvolvida por Emmi Pikler (1902-1984), a qual destaca a importância de se respeitar cada criança a fim de que estas se desenvolvam em um ambiente amoroso, respeitoso e seguro.
Pouco conhecida no Brasil, a abordagem Pikler, voltada para a educação de crianças de 0 a 3 anos, começa a dar os primeiros passos no país.

O método se baseia em quatro princípios:
  1. O Valor da atividade autônoma, em que as cuidadoras têm o papel de motivar e levar o bebê a descobrir o prazer de agir livremente.
  2. A relação afetiva privilegiada no contexto institucional, ou seja, é importante que a criança crie um vínculo consciente – não se trata de uma tentativa de substituição dos pais.
  3. A necessidade de oportunizar às crianças a consciência de si e do seu ambiente.
  4. O bom estado de saúde das crianças completa o enquadramento teórico.
O resultado desse conjunto aplicado são crianças confiantes e alegres, que se desenvolvem harmoniosamente e compreendem os adultos.

Fonte:  https://uaubaby.wordpress.com/2015/07/31/abordagem-emmi-pikler-educacao-infantil-2/
Adaptações: Heloisa Pedroza Lima

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