domingo, 19 de março de 2017

O REGISTRO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ANELIZE, BRUNA, MAITÊ, SILVIA C. e VANESSA

Smole et al (2000) discutem sobre os diferentes tipos de registros: o registro oral; o registro pictórico e o registro textual.

O registro oral (SMOLE et al., 2000) é o registro mais natural da criança, pois ela utiliza sua língua materna. Nesse tipo de registro, a criança tem que explicar argumentando logicamente ao professor e colegas o que ela pensou, qual foi sua estratégia.

O registro pictórico - desenho da brincadeira - pode ter diversas funções como: lembrança do jogo, contar para alguém como foi a brincadeira (comunicação de idéias), controlar quantidades, planejamento de uma ação.

Nesse momento podem ser exploradas também diferentes técnicas de pintura e produções artísticas. O desenho pictórico não precisa ser exatamente de uma brincadeira, ele pode ser feito para registrar um momento de grande importância. Pode-se pedir que a criança desenhe um objeto, jogo ou brincadeira sem que a conheça, tentando imaginar como pode ser. É importante explorar nesse momento o trabalho em dupla ou equipes, até mesmo os pequenos, embora não tenham a representação simbólica de um determinado objeto eles podem dividir o mesmo espaço e material. Os maiores podem fazer discussões, realizando os registros juntos.

O registro pictórico faz a criança tomar consciência de sua ação, desenvolver a noção espacial e também a noção da proporcionalidade. O registro é a expressão da criança, seu olhar do mundo e da brincadeira que realizou. Smole (2000, p. 18) aponta que “este é um recurso adequado para podermos auxiliar a criança a registrar o que fez, o que foi significativo, tomar consciência de suas percepções”. No desenho muitos aspectos interessantes acontecem. Quando a criança começa a desenhar uma brincadeira, o movimento corporal é marcante, representado no desenho por “rabiscos circulares”, assim “a ponta do lápis funciona como uma ponte de comunicação entre o corpo e o papel” (SMOLLE, 2000, p. 18). Além disso, o desenho pode se tornar um jogo para a criança, sendo prazeroso. Então, por que o professor não utilizar desse prazer uma ”ponte” para um aprendizado mais significativo para as crianças? Chateau (1987, p.58) aponta que: ”uma das manifestações mais vivas desse amor a repetição encontra-se no desenho infantil que é um jogo de um gênero especial.” Na socialização de seus registros, as crianças questionam umas as outras sobre seus desenhos, sendo críticas.
(...)
Para o professor, os registros podem se tornar um meio de avaliação para compreender o que a criança está pensando, analisando a evolução dos registros.

Assim, quando o professor tem os registros, sejam eles individuais ou coletivos escritos ou desenhados, podendo perceber os conhecimentos que seus alunos adquiriram durante o tempo em que estão sendo avaliados. Os desenhos, por exemplo, podem mostram formas e cores que não eram encontrados nos primeiros registros. As representações das pessoas e dos objetos e as formas que usam para representar cada um deles. Os professores avaliam assim não só os que as crianças sabem naquele determinado momento, mas o caminho que percorreram para chegar a tal conhecimento.
 
Alguns registros:

Heloisa Pedroza Lima 💙💚💜

Fonte: Texto adaptado por Heloisa Pedroza Lima http://pedagogia7fasefurb.blogspot.com.br/2011/03/o-registro-das-criancas-na-educacao.html
Desenhos: pesquisas na Net

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