terça-feira, 27 de novembro de 2018

A estimulação precoce em bebês e crianças


O estímulo que recebe o bebê constitui a base do seu desenvolvimento futuro



 Vilma Medina  
Diretora de Guiainfantil.com
O estímulo precoce, como o próprio nome já diz, tem como objetivo desenvolver e potencializar, através de jogos, exercícios, técnicas, atividades, e de outros recursos, as funções do cérebro do bebê, beneficiando seu lado intelectual, seu físico e sua afetividade. Um bebê bem estimulado aproveitará sua capacidade de aprendizagem e de adaptação ao seu meio, de uma forma mais simples, rápida e intensa.
Todos sabemos que os bebês nascem com um grande potencial e que cabe aos pais fazer com que este potencial se desenvolva ao máximo de forma adequada, positiva e divertida.
Para entender este processo, é necessário que entendamos primeiro, com é o amadurecimento do ser humano. Ao contrário dos animais, nós seres humanos somos muito dependentes dos nossos pais desde que nascemos. Demoramos mais para caminhar e dominar nosso ambiente. Tudo depende da aprendizagem que tivermos. Apesar da nossa capacidade estar limitada pela aprendizagem, nossas habilidades estão relacionadas à sobrevivência. Sem o aprendizado, nos convertemos em seres indefesos, sós, e expostos a todo o bem ou mal. Por outro lado, se aprendemos, nosso cérebro adaptável, nos permitirá crescer e sobreviver diante das situações mais adversas. 
A estimulação precoce o que faz é unir esta adaptabilidade do cérebro à capacidade de aprendizagem, e fazer com que os bebês saudáveis amadureçam e sejam capazes de adaptar-se muito melhor ao seu ambiente e às diferentes situações. Não se trata de uma terapia nem de um método de ensino formal. É apenas uma forma de orientação do potencial e das capacidades dos mais pequenos. Quando se estimula um bebê, está-se abrindo um leque de oportunidades e de experiências que o fará explorar, adquirir destreza e habilidades de uma forma mais natural, e entender o que ocorre ao seu redor.

Quando e como estimular um bebê

Colocar em prática uma estimulação precoce, é uma decisão absolutamente pessoal. Os pais são os que podem decidir se a querem ou não aplicá-la ao cotidiano do seu filho. No entanto, se decidem pelo estímulo precoce, deverão iniciá-lo o mais breve possível, já que, segundo os especialistas, a flexibilidade do cérebro vai diminuindo com a idade. Desde o nascimento até os 3 anos de idade, o desenvolvimento neuronal dos bebês alcança seu nível máximo. A partir dos 3 anos, começará a decrescer até sua total eliminação aos 6 anos de idade, quando já estarão formadas as interconexões neuronais do cérebro do bebê, fazendo com que seus mecanismos de aprendizagem sejam parecidos ao de uma pessoa adulta. É claro que continuarão aprendendo, mas não ao mesmo ritmo e com todo o potencial de antes.
Todos os bebês experimentarão diferentes etapas de desenvolvimento que podem ser incrementadas com uma estimulação precoce. Para isso, deve-se reconhecer e motivar o potencial de cada criança individualmente, e apresentar-lhe objetivos e atividades adequadas que fortaleçam sua auto-estima, iniciativa e aprendizagem. A estimulação que o bebê recebe nos seus primeiro anos de vida, constituem a base do seu desenvolvimento futuro.
Além das atividades que se aplicam na estimulação do bebê, é muito importante destacar que o ambiente também é uma ferramenta que devemos considerar. O ambiente não é somente um lugar tranquilo, onde se respira respeito, tolerância, paciência, o acordo e a união, também são as pessoas que acompanham ao pequeno. Se o bebê conta com a companhia de pessoas significativas para ele, como é o caso dos seus pais, eles se sentirão apoiados em seu vínculo afetivo, em suas habilidades e destrezas. A estimulação será mais completa.

Fonte: pesquisa na net

Por mais bibliotecas nas escolas.

Toda nova escola pública de educação básica deverá ter biblioteca

Projeto recentemente apresentado no Senado Federal determina que toda nova escola pública de educação básica que venha a ser construída no país tenha uma biblioteca. O PLS 319/2018 aguarda designação de relator na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ).
De autoria da senadora Rose de Freitas (Pode-ES), o PLS torna obrigatório no projeto básico de construção de estabelecimentos de educação básica a “identificação na planta baixa e dotação orçamentária específica para a construção de biblioteca escolar”.

Para tanto, o projeto acrescenta um artigo à Lei 12.244/2010, que dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino brasileiras.
De acordo com Rose de Freitas, o Censo Escolar de 2016 mostrou que apenas 49,2% das escolas dos anos iniciais do ensino fundamental têm biblioteca ou sala de leitura. O percentual melhora nos anos finais do ensino fundamental (73,8%) e no ensino médio (88,3%), diz a senadora.

“Alguém já disse que uma ‘escola é uma biblioteca rodeada por salas de aula’. Uma frase não poderia ser mais verdadeira, já que a leitura e a pesquisa que ocorrem em uma biblioteca são ao mesmo tempo meio para um aprendizado eficaz, mas também o fim de todo processo de ensino. Afinal, se a escola conseguir criar nos alunos o hábito de leitura, já terá feito a maior parte do seu trabalho”, afirma Rose de Freitas na justificação de seu projeto.
Após passar pela CCJ, o PLS 319/2018 será analisado em caráter terminativo pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).
Agência Senado

Fonte:  http://www.filhosetal.com/toda-nova-escola-publica-de-educacao-basica-devera-ter-biblioteca/

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Clínica-escola gratuita para autistas: sonho ou realidade?

Projeto que prevê os centros de referência nos estados tramita pelo Senado

O Brasil não tem dados sobre quantas crianças no país convivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou autismo, como é mais conhecido, mas é fato que não são poucas. E dada a escassez de centros especializados no atendimento de autistas, muitos pais são forçados a sacrifícios para oferecer aos filhos ao menos o tratamento básico. Tal situação, porém, pode estar prestes a mudar, com a possível obrigação de todo estado ter pelo menos uma clínica-escola gratuita para autistas.

Pillar Pedreira-Agência Senado
A ideia já tramita do Senado por meio do projeto de lei (PLS 169/2018) que obriga cada estado a construir pelo menos um centro de assistência integral para os autistas desassistidos.
Trata-se, originalmente, de uma sugestão apresentada ao Senado por uma mulher do Ceará, via Portal e-Cidadania. No começo de abril, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) decidiu transformá-la em projeto de lei. A relatora da sugestão na CDH foi a senadora Regina Sousa (PT-PI). Segundo ela, poucos autistas brasileiros têm acesso ao tratamento integral. Primeiro, porque são raros os centros de referência ao autismo; depois, porque, quando existem, são privados e caros.
“Os centros de referência em autismo não exigirão gastos extras. Bastará que os estados façam o remanejamento de servidores e a adaptação de prédios públicos já existentes”, assegurou a senadora, acrescentando que o governo não sabe quantos autistas existem no Brasil.
A psicopedagoga Viviani Amanajás, mãe de um autista, ratifica a preocupação, ressaltando que até hoje, o país trabalha apenas com uma estimativa. “Não sabemos quantos somos no Brasil. Sem saber quem somos e onde estamos, não conseguimos fazer uma política pública efetiva”.
No dia 2 de abril, numa audiência pública na CDH, pais e especialistas defenderam que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) inclua o autismo no questionário dos Censos. A Câmara dos Deputados estuda um projeto de lei que contém essa previsão (PL 6.575/2016).
Estudos feitos no exterior indicam uma prevalência de 62 autistas para cada grupo de 10 mil pessoas. Considerando esse dado, o Brasil teria 1,3 milhão de pessoas com autismo — o mesmo que a população de Campinas (SP). Há estimativas que chegam a sugerir que o país tem 2 milhões de autistas, o que reforça a necessidade da clínica-escola gratuita para autistas.
Pillar Pedreira-Agência Senado
Até onde a ciência já chegou, o autismo resulta de falhas no desenvolvimento do cérebro do bebê e se caracteriza por alterações de comportamento e dificuldades de comunicação e interação social. A intensidade dos sinais varia bastante, indo do autista que leva uma vida muito próxima do normal ao autista que não pode viver sem a vigilância constante da família. Sem os estímulos, os sinais pioram.
Dificuldades
A 60 quilômetros de casa, Miguel tem aulas de natação, recebe reforço educacional com psicopedagogo, se trata com terapeuta ocupacional e se consulta com psicólogo — além de frequentar uma escola pública, onde está sendo preparado numa sala de aula especial para um dia juntar-se a uma turma regular.
Cada atividade fica num bairro de Brasília. Os trajetos são percorridos em ônibus. Mãe e filho saem de casa pela manhã, às 8h, e só voltam à noite, às 19h. A rotina forçou a técnica em química Genilda Gomes a abandonar o trabalho numa fábrica de alimentos.
“É exaustivo para nós dois. Sinto que o Miguel não rende tanto quanto poderia nos tratamentos e na escola porque já chega cansado”, conta.
Pillar Pedreira-Agência Senado
A escola e a natação são oferecidas pelo governo. O psicopedagogo, o terapeuta ocupacional e o psicólogo, por instituições filantrópicas que cobram uma taxa simbólica. Se fossem pagos, a família não conseguiria arcar com os serviços. Por falta de dinheiro, o menino não frequenta sessões de fonoaudiologia. Miguel até hoje não fala.
A dona de casa Adriana Abreu passa por um drama parecido. Ela vive no Riacho Fundo (DF) e também faz inúmeras viagens de ônibus para levar os dois filhos autistas — Elias, de 8 anos, e Camila, de 6 — para o tratamento. Ela ouve insultos com frequência:
“Somos chamados de mal-educados por estarmos sentados no assento reservado. Sempre que os meus filhos ficam nervosos e começam a gritar ou se debater, algum passageiro me acusa de ser uma mãe permissiva, que não sabe dar limites. Os autistas são sensíveis ao barulho, e o ônibus cheio equivale a uma sessão de tortura. Muita gente não acredita quando explico que eles têm deficiência. Nem sei quantas vezes chorei no ônibus”.
Pillar Pedreira-Agência Senado
Realidade
A clínica-escola gratuita para autistas sonhada pelas famílias de crianças com o problema não é utopia. Há quatro
anos existe uma instituição desse tipo em Itaboraí (RJ), nos moldes do que está previsto no projeto de lei do Senado. Os atendimentos são pagos pela prefeitura. Atualmente, 160 autistas estão em tratamento, e uma fila grande espera novas vagas. Perto de 25 especialistas respondem pelos tratamentos.
De manhã, os autistas passam por diversas terapias. À tarde, aqueles que ainda não frequentam a escola têm aulas individuais para que superem as deficiências na aprendizagem e sejam incluídos no ensino regular. As famílias participam de cursos de culinária, nos quais aprendem a preparar alimentos sem glúten e proteína do leite. Estudos indicam que as substâncias podem agravar os comportamentos típicos dos autistas.
“No início, toda hora tínhamos que correr para as salas para conter autistas em crise. Como resultado das terapias e da alimentação, isso cessou. Faz tempo que não temos episódios de crise”, explica Berenice Piana, idealizadora da clínica-escola e militante que lutou pela aprovação da lei federal pró-autista de 2012 (também chamada de Lei Berenice Piana).
Pillar Pedreira-Agência Senado
Direito garantido
Para tornar essa população visível, o governo sancionou no dia 13 de abril deste ano uma lei aprovada pelo Congresso que transforma 2 de abril no Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo (Lei 13.652). A expectativa é que a sociedade passe a conhecer mais sobre um transtorno envolto em preconceito e desconhecimento.
Graças à mobilização de pais e mães, os autistas conseguiram em 2012 uma lei federal que lhes garantiu uma série de direitos, entre os quais o diagnóstico precoce e o tratamento multiprofissional (Lei 12.764). A conquista foi reforçada três anos depois, com a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146).
Para atender a lei de 2012, o que o governo fez foi direcionar os autistas aos centros de atenção psicossocial (Caps), ambulatórios municipais ou estaduais.
Porém, os pais dos autistas não ficaram satisfeitos. Eles avaliam que os Caps são inócuos e estão longe de ser centros de referência. O tratamento não é integral, as consultas são esparsas e rápidas, o aspecto educacional é ignorado e o ambiente é impróprio para os autistas.
Com informações de Ricardo Westin/ Agência Senado

Fonte:  http://www.filhosetal.com/clinica-escola-gratuita-para-autistas-sonho-ou-realidade/

Consulta Pública sobre Inclusão, vc participou?

MEC quer que alunos com deficiência possam frequentar apenas escolas e classes especiais

MEC quer que alunos com deficiência possam frequentar apenas as escolas e classes especiais 
Alunos com deficiência necessitam de um apoio especial durante as aulas, o maior motivo da diferença de opiniões sobre o tema.
Terminou nesta sexta-feira (23) a consulta pública sobre o texto preliminar do novo marco regulatório da educação especial, que permitirá a estudantes com deficiência frequentar apenas escolas e classes especiais, ou seja, deixar de frequentar as escolas regulares. De acordo com a nova Política Nacional de Educação Especial, a escola especial é indicada “quando barreiras nas escolas comuns não forem superadas, para a garantia da efetiva aprendizagem, participação e igualdade de oportunidades”. Grande parte dos pais, educadores e especialistas estão se manifestando contra a proposta.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), a proposta é atualizar a legislação vigente. Atualmente, há mais de um milhão de matrículas de estudantes do ensino especial nas escolas públicas e privadas da educação básica. O texto, no entanto, traz pontos considerados polêmicos, como as escolas especiais. Para a advogada e vice-presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Ana Cláudia Mendes de Figueiredo, permitir que a escolarização dos alunos com deficiência deixe de acontecer nas escolas e classes regulares “é um retrocesso”. A entidade participou das reuniões, junto com outros especialistas na área, mas diz que nenhuma de suas sugestões e ponderações foi contemplada.
Ana Cláudia defende que esses estudantes frequentem classes tradicionais e que as escolas sejam adequadas para recebê-los. Segundo ela, o texto proposto promove a segregação de alunos que “não conseguem acompanhar” ou ter pleno êxito escolar medido por avaliações e retoma “modelo médico da deficiência, pautado na incapacidade e na incompetência do aluno”.
O novo marco é, no entanto, elogiado pela coordenadora nacional de Educação e Ação Pedagógica da Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), Fabiana Maria das Graças Oliveira. “Temos alunos que têm necessidade de ajuda e apoio intenso e adaptações significativas que dificilmente conseguiriam estar em uma escola comum. A escola especial é só esse caso”.
Segundo a relatora da Comissão de Educação Especial do CNE, Suely Menezes, a política, criada em 2008, ainda não está plenamente em prática. “A política de 2008 colocou o aluno com deficiência nas classes regulares. A política é estabelecida dentro de uma visão internacional que puxa o Brasil para adotar esses conceitos e atitudes internacionais, mas o Brasil não estava muito preparado”, diz.
O novo marco, que foi elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com especialistas, esteve disponível para receber contribuições da sociedade pelo site www.mec.gov.br. O texto final será encaminhado ao Conselho Nacional de Educação (CNE).

Convivência cria estímulo e novas experiências

MEC quer que alunos com deficiência possam frequentar apenas as escolas e classes especiais
Jamile com os filhos João e Pedro, que frequentam uma escola regular da rede municipal de ensino. Crédito da foto: Arquivo Pessoal
A dona de casa Jamile Moura, 34 anos, é mãe de duas crianças autistas, o João Vitor, de 7 anos, e o Pedro Henrico, de 5. Para ela, a proposta de atualizar a legislação é um retrocesso. “Meus filhos têm acompanhamento na escola, fazem a sala de apoio e têm acompanhamento específico. Os dois contam com cuidador”, diz. Ela se diz “totalmente contra” deixar as crianças apenas em entidades. “Meus filhos, convivendo com crianças neurotípica, têm uma evolução muito rápida. Consigo ver coisas diferentes, novos aprendizados.”
O grau de autismo das crianças é moderado e João Vitor, que não falava, tem pronunciado frases. Já o caçula ainda não fala, mas a mãe acredita que isso ocorrerá com o tempo. “Eles compreendem tudo e têm muito boa convivência com os amiguinhos. Fazem as atividades propostas e na dificuldade, o cuidador ajuda.”
Jamile conta que as duas crianças estudam em escolas municipais e no caso dos dois, a avaliação é feita de maneira diferente. “Quando vou na reunião, é apresentado um dossiê de tudo o que fizeram, com fotos e filmagem, e assim vejo o que tem sido trabalhado com eles.”
Na escola Paulo Tortello, conta Jamile, a professora Adriana trabalha a Análise Comportamental Aplicada (ABA) com o João. Já no CEI-45, a diretora do Pedro faz muita especialização e foi para Cuba este ano estudar sobre as crianças autistas. “As crianças neurotípicas são escolarecidas e ajudam meus filhos. Eles são bem acolhidos pelos amiguinhos, esse vínculo afetivo é importante para eles. Para as crianças neutotípicas também é importante porque já crescem sem preconceito, sem achar que o amiguinho diferente não serve para estar junto.” Com a nova proposta, Jamile tem receio que seus filhos regridam na evolução que já conquistaram.
Gisele Vieira Hessel, cuidadora de crianças com deficiência na rede municipal de Sorocaba, discorda completamente da nova proposta, pois acredita ser muito importante para estas crianças frequentarem as escolas comuns. “Elas aprendem muito com as outras, absorvem comportamentos, imitam muito e aprendem a se socializar, a brincar”. Para ela, essa notícia da mudança na lei é um choque. “Quem propôs não conhece a realidade escolar, a diferença que faz na vida das pessoas com deficiência. Elas florescem. No caso das que não têm necessidades especiais, também faz a diferença porque essa geração está sabendo conviver com crianças diferentes.” Quando o aluno não tem condições de ir até a escola, é feita a educação domiciliar. “Temos um estudante na escola que é atendido dessa maneira e quando tem festa, teatro na escola, a mãe leva para ele ter também a socialização.”
Já Sheila Garbulha Tunucchi, professora da educação especial há 12 anos, e que trabalha em sala de recursos numa escola rural de Porto Feliz, afirma que não é contra nem a favor da alteração — porque depende muito do que vai ser decidido. Ela, que é especialista em deficiência intelectual e atende também outras deficiências, observa que tem casos de crianças que não teriam condições de estar em salas regulares e que deveria ter uma preparação para que elas pudessem de fato estar junto das outras. “Teria de ter um trabalho anterior para depois incluir no ambiente escolar. Todos têm direito a aprender desde que um não atrapalhe o aprendizado do outro.” Sheila afirma que a atual legislação não funciona como deveria. “Por isso sou a favor de trabalhar o potencial do individual, independente do local onde a criança está.” (Com informações da Agência Brasil)

Fonte:https://www.jornalcruzeiro.com.br/suplementos/educare/mec-quer-que-alunos-com-deficiencia-possam-frequentar-apenas-escolas-e-classes-especiais/?fbclid=IwAR3wi3Dlthzuj2VMeNbP-a8d0maWcMUOqfsUZwtAFCQU6Rl6PuLAg636Dbw 
Novas experiências...


                                                                                                 
Este foi um ano de novas experiências no campo profissional. Em 2017, quando sai da direção do Centro de Educação Infantil Maria de Lourdes Scoralick Serretti, onde fiquei na gestão por 06 anos, não imaginava que teria tão ricas experiências em outros lugares. E aqui estou eu, desde o início do ano de 2018 trabalhando em uma escola de Educação Especial da Rede Municipal de Ensino de Nova Lima: Escola Ana do Nascimento Souza de Educação Especial.
A princípio como professora do NATE - Núcleo de Assessoria Técnico Educacional - Sala de Estimulação Precoce trabalhando com crianças de 0 a 03 anos de idade que apresentam um quadro de deficiência ou um atraso no desenvolvimento. Uma experiência fantástica! A experiência com os pequenos contribuiu muito para esse novo percurso no campo da inclusão, afinal a criança é a mesma. Espaços, materiais e muitas possibilidades de trabalho. Um aprendizado! Pensar que todos são capazes e para isso uma dica desde o primeiro momento que cheguei: "Não pense na deficiência, veja a criança, pense na criança". Isso fez toda a diferença.
E os meses foram passando e mais uma oportunidade: um convite à direção da Escola por um período. Ufa, que desafio. E lá estava eu na direção novamente e mais uma vez a experiência muito me ajudou, desta vez na gestão. Foram 06 meses de aprendizado, angústias, alegrias, desafios, conquistas, construção, reflexão sobre o trabalho realizado por todos que ali estão, avanços, parcerias e muitos laços afetivos, afinal uma escola de Educação Especial é um espaço ESPECIAL!!!!
Terminado esse tempo é hora de retornar ao NATE para avançar no trabalho com as crianças de inclusão da Rede Municipal de Ensino de Nova Lima. 
Agradecimentos a todos, que de alguma forma passaram pelo meu caminho nesse período e me oportunizaram aprender. 

Escola Ana do Nascimento Souza de Educação Especial 

Em 2018,  88 alunos de 07 a 51 anos de idade organizados em 09 turmas. A escola também faz a gestão de 10 Salas de Recursos e 06 oficinas de complementação através do NATE, que atendem alunos de Inclusão das escolas da Rede Municipal de ensino de Nova Lima.