Para aqueles que se interessam pela Educação Infantil e pelo trabalho com crianças de inclusão em Salas de Recursos e escolas regulares de ensino. Um espaço para socialização de práticas de qualidade e ampliação de saberes.
É o conjunto de meios e ações que combatem a
exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pelas diferenças
de classe social, educação, idade, deficiência, gênero, preconceito
social ou preconceitos raciais. Inclusão social é oferecer oportunidades
iguais de acesso a bens e serviços a todos.
Quando nos referimos à aprendizagem, é comum afirmarmos que cada indivíduo tem o seu tempo
e que o meio interfere no desenvolvimento das habilidades. Nesse
sentido, existe um questionamento que, no período contemporâneo,
torna-se necessário: em uma realidade na qual os jovens, desde bem
novos, têm contato com aparelhos celulares, smartphones, computadores, tablets e jogos virtuais, seria realmente possível as crianças permanecerem paradas, estáticas e passivas nas salas de aula? Durante os últimos tempos, o que mais temos escutado e presenciado
nas escolas são estudantes que não querem mais “só copiar”. Muitas
vezes, eles sabem os conteúdos, mas seus registros são diminutos,
apresentando cadernos com pouco ou quase nada copiado do quadro. Frente a tal cenário, vale a consideração de que as pessoas aprendem de várias formas:
umas são mais visuais, outras mais auditivas, algumas deduzem com
facilidade e outras precisam explorar mais conteúdos para compreender
determinada matéria. É nesse sentido que o uso das tecnologias para a
aprendizagem pode ser ainda mais agregador. Partindo desse enfoque, abordaremos o tema da inclusão pelo viés que
é, muitas vezes, considerado o vilão nas salas de aula: a presença dos
jogos virtuais na realidade dos alunos a partir dos meios eletrônicos,
com destaque para o computador.
Para todos os ritmos
Os jogos virtuais podem ser utilizados para ensinar e aprender de
forma lúdica e, simultaneamente, inclusiva. Isso implica pensarmos na
sua utilização em contraste às metodologias tradicionais quando elas
falham ao homogeneizar os alunos, e como uma ferramenta capaz de levar
os alunos a superar desafios em relação à própria aprendizagem. Entre outras coisas, a utilização de jogos virtuais para o ensino e a aprendizagem possibilita o desenvolvimento: da coordenação motora,
da percepção espacial, da atenção, da concentração, da criatividade, da
boa reação a situações desafiadoras, dos reforços positivos, da
superação de fases e obstáculos, da escolha e elaboração de atividades,
da elaboração de textos e desenhos etc. Além disso, os jogos virtuais e outras ferramentas tecnológicas
exigem habilidades como o raciocínio lógico, instigam a curiosidade e
podem servir como forma de contextualizar o conhecimento,
potencializando o interesse em aprender. Isso significa que estimulam
habilidades necessárias para a aprendizagem formal em quaisquer níveis
de educação.
Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo,
utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que
contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de
pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e
Inclusão.
Objetivos da Tecnologia Assistiva: Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de
vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação,
mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado,
trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.
Tecnologia assistiva ajuda a melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência.
Profissional de apoio na escola: quando ele é necessário?
Publicado emporEquipe DIVERSA
O aluno com deficiência chega e a
dúvida surge: ele precisa de um profissional de apoio? Saiba quando a
presença desse agente auxilia – e quando ela pode ser uma barreira à
inclusão.
Profissional de apoio deve garantir a autonomia e a independência do aluno. Foto: Aliocha Maurício.
Em vigor desde 2016, a Lei brasileira de inclusão (LBI)
prevê a presença de um profissional de apoio, quando necessário, em
salas de aula onde há estudantes com deficiência ou transtorno do
espectro autista (TEA). Mas, por não apresentar definições ou diretrizes
práticas sobre o tema – tarefas que ficam sob responsabilidade das
redes de ensino – os educadores e familiares que recorrem à legislação
para se orientar no dia a dia acabam com mais dúvidas do que respostas:
toda criança com diagnóstico precisa de um? Qual sua função?
Para responder essas e outras perguntas, o DIVERSA reuniu uma série de dicas e histórias reais que irão te ajudar a
avaliar quando esse ator escolar pode auxiliar ou não o processo de
inclusão dos alunos público-alvo da educação especial. Confira.
Quem tem direito?
A LBI assegura a oferta de profissional de apoio para estudantes com
deficiência auditiva, visual, física, intelectual ou com autismo
matriculados em qualquer nível ou modalidade de ensino de escolas
públicas ou privadas. Segundo a legislação, é sua função exercer
“atividades de alimentação, higiene e locomoção […] e atuar em todas as
atividades escolares nas quais se fizer necessário”.
A presença desse profissional, portanto, está diretamente relacionada
ao público-alvo da educação especial. Por isso, quando a criança com
deficiência chega na escola, sua contratação costuma ser uma das
primeiras preocupações de educadores e familiares.
Mas é importante destacar: a existência de um diagnóstico não impõe a
obrigatoriedade desse apoio. Isto é, não é porque o aluno tem uma
deficiência que ele precisa do profissional.
Quando o apoio é necessário?
A Educação Inclusiva parte do pressuposto de que somos todos únicos e que, por isso, o
processo de inclusão de cada estudante também é singular. Assim, a
necessidade de um profissional de apoio deve ser avaliada
particularmente, tendo em vista, de um lado, as singularidades do aluno,
e do outro, o objetivo do apoio: promover sua autonomia e independência.
Nessa investigação, é importante envolver o próprio estudante, a
família, os educadores e outros atores da comunidade escolar. A
participação do professor do atendimento educacional especializado (AEE) também pode ser de grande valia.
Os exemplos abaixo mostram como essa avaliação foi realizada em diferentes contextos.
O apoio não é pedagógico
Há mais de 10 anos, quando as escolas de Florianópolis (SC) começaram
a receber crianças que necessitavam de auxílio na alimentação,
locomoção e cuidados pessoais, a Secretaria de Educação contratou
profissionais de apoio para atender a demanda. No entanto, como eles
tinham formação na área da educação, a medida gerou situações em que os
alunos com deficiência eram pedagogicamente atendidos de forma
individualizada, separados dos demais, perdendo o sentido da inclusão.
Ou seja, uma estratégia cujo objetivo era facilitar o processo acabou se
constituindo como uma barreira à participação dos estudantes.
Caráter transitório
Em 2012, a gestão da Escola Municipal Helena Zanfelici, em São
Bernardo do Campo (SP), percebeu que era preciso ter um olhar atento aos
chamados “cuidadores”, profissionais colocados à disposição pela
Prefeitura para auxiliar estudantes com comprometimento motor. Segundo a
diretora, havia riscos de as crianças se tornarem dependentes. Um
exemplo que dá luz a uma questão importante: garantir o caráter
transitório da função.
Estratégias para além do diagnóstico
Já no Rio de Janeiro (RJ), uma estagiária responsável por tarefas de
“mediação” partiu da convivência com um garoto com autismo para criar
estratégias de inclusão.
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