Perigos
de acidente, chão "sujo" com possibilidade de contágio de doenças,
somado à maior demanda de atenção dos pais, vovós ou babás. Isso tudo
está fazendo com que o engatinhar fique para trás. As crianças de hoje
estão engatinhando menos do que as crianças de antigamente. O que é um
retrocesso.
E
para aumentar essa estatística nada boa, existem hoje no mercado várias
cadeirinhas, cadeirões, chiqueirinhos, bebê conforto e carrinhos que
deixam as crianças sentadas, enquanto os pais podem fazer o que quiser,
pois o pimpolho estará lá, sempre sentadinho.
Agora
o problema: Sally Blythe, especialista em desenvolvimento infantil,
coordenou um estudo em que relacionou a falta de engatinhar com
dificuldades em aprender a ler e escrever.
A especialista estudou 70 crianças de 8 a
10 anos divididas em dois grupos, um com crianças apresentando
dificuldades na leitura e escrita, e o outro sem queixas no aprendizado.
Ao
fim do estudo, percebeu uma diferença significativa: as crianças que
não engatinharam ou engatinharam menos também andaram mais tarde e eram
as crianças do grupo que apresentavam dificuldades no aprendizado.
De uma maneira sucinta, o engatinhar representa um marco no desenvolvimento da criança e é um exercício motor importante.
A
tentativa de “balançar o esqueleto”, mesmo que desordenadamente,
estimula a coordenação visual para os movimentos que mais tarde a
criança vai usar para ler e escrever, explica Sally.
Deixe o bebê “se virar”
Engatinhando a criança desloca os olhos similarmente ao momento de
leitura e escrita. Dessa forma, o bebê é estimulado a construir novas
ligações neurológicas envolvidas nessas funções, ajudando mais tarde na
escola.
O
uso excessivo dos artigos modernos que auxiliam os pais a tomar conta
dos bebês são um dos vilões do engatinhar. Eles deixam a criança
sentadinha impedindo que se movimentem e brinquem livremente com o
corpo.
No
chão, a criança aumenta o seu campo de visão e o seu equilíbrio, sendo
mais fácil descobrir o mundo. Aprende a ter noção de espaço e distância.
É uma ação ativa e não passiva como as crianças que ficam nas
cadeirinhas. Além de tudo, ajuda alinhar a coluna, preparando a criança
para ficar em pé e andar.
Precisamos
saber também que o não engatinhar não é fator determinante para que a
criança tenha dificuldades na escola. "Alguns bebês que não engatinharam
acabam não tendo problemas, enquanto alguns que engatinharam poderão
apresentar dificuldades", afirma à especialista.
Dicas
Pense
na seguinte situação: seu bebê está em uma cadeirinha de rodinha e
deixa cair um brinquedo no chão. Ele não terá a mínima chance de pegar o
objeto, pois está preso. Ficará totalmente dependente, à espera de
alguém para pegar o brinquedo. Péssimo para quem está na fase de
descobrimento da vida e aprendizado.
Deixe brinquedos de diferentes cores, texturas e materiais no chão ao lado do seu bebê para que descubra as diferenças.
Não
se preocupe se seu bebê não engatinhar. Cada bebê se desenvolve de
maneiras diferentes e muitos não passam pela fase do engatinhar, mas
precisamos estimulá-los.
Autor Desconhecido.
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