Emmi Pikler
Reverenciada por estudiosos de educação de diversas partes do mundo,
Emmi Pikler, médica austro-húngara, fundou uma instituição em Budapeste
após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1946, para abrigar órfãos e
também crianças de até 3 anos que corriam o risco de ser contaminadas
pela tuberculose dos pais. Ali colocou em prática suas ideias, as quais
consistiam em interferir menos no estágio de maturidade dos bebês,
respeitar a individualidade de cada um e dedicar um cuidado especial
permeado por uma relação de afeto entre
o adulto e a criança.
A primeira infância é extremamente fundamental na vida das pessoas e
poucos compreendem o valor que esta possui. Hoje em dia, a infância tem
sido comprimida entre tarefas e compromissos precoces que os pais buscam
para as crianças pensando que estão colaborando para o desenvolvimento e
preparando um futuro seguro e feliz.
Muitos adultos exercem uma pressão psicológica e física em suas
crianças, pensando no desenvolvimento psicomotor, achando que assim a
criança irá se desenvolver mais rápido.
Essa pressão resulta em um caminhar desestruturado, desequilibrado e
inseguro, os quais refletem diretamente no psique emocional das
crianças. Porém, se as crianças desde o nascimento são respeitadas em
sua infância, conseguirão desenvolver suas potencialidades de maneira
natural e se tornarão adultos mais seguros, determinados e felizes.
Essa é uma das primícias da abordagem Pikler-Lóczy, desenvolvida por
Emmi Pikler (1902-1984), a qual destaca a importância de se respeitar
cada criança a fim de que estas se desenvolvam em um ambiente amoroso,
respeitoso e seguro.
Pouco conhecida no Brasil, a abordagem Pikler, voltada para a
educação de crianças de 0 a 3 anos, começa a dar os primeiros passos no
país.
O método se baseia em quatro princípios:
- O Valor da atividade autônoma, em que as cuidadoras têm o papel de motivar e levar o bebê a descobrir o prazer de agir livremente.
- A relação afetiva privilegiada no contexto institucional, ou seja, é importante que a criança crie um vínculo consciente – não se trata de uma tentativa de substituição dos pais.
- A necessidade de oportunizar às crianças a consciência de si e do seu ambiente.
- O bom estado de saúde das crianças completa o enquadramento teórico.
O resultado desse conjunto aplicado são crianças confiantes e
alegres, que se desenvolvem harmoniosamente e compreendem os adultos.
Fonte: https://uaubaby.wordpress.com/2015/07/31/abordagem-emmi-pikler-educacao-infantil-2/
Adaptações: Heloisa Pedroza Lima
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