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Os 2 princípios da Abordagem Pikler para humanização e cuidado com bebês
Bebês são pequenos, choram e dependem dos adultos para a maioria de
suas atividades rotineiras. Ou é assim que a maioria das pessoas pensa.
A responsabilidade do adulto é tão grande, que muitas vezes este
esquece que o bebê, mesmo com poucos meses de vida, é um ser humano com
um universo próprio.
Um ser humano que está conhecendo e aprendendo a viver em nosso admirável mundo novo.
Emmi Pikler, médica húngara e criadora da Abordagem Pikler,
dedicou-se ao estudo dos bebês de 0-3 anos, observando o comportamento
dos pequenos e criando um modelo de cuidado, que inspirou creches e
instituições de ensino infantil por toda a Europa.
Seu trabalho começou logo após a Segunda Guerra Mundial, quando
assumiu a coordenação do Instituto Lóczy em Budapeste, que até hoje
atende crianças órfãs e abandonadas.
Durante muitos anos, Emmi Pikler e sua principal colaboradora, Dra.
Judit Falk, iniciaram uma revolução no cuidado dos bebês, focando
principalmente em dois aspectos: segurança afetiva e motricidade livre.
Segurança afetiva que faz crescer
A concepção da segurança afetiva começa com a transformação da visão
do adulto, que deve entender que cada criança é única e cheia de
singularidades e que, seu desenvolvimento, depende principalmente da
relação com os adultos, materiais e objetos ao seu redor.
Logo, o profundo respeito pela criança pequena é essencial, uma vez
que devemos entender que ela já é uma pessoa, com expectativas próprias,
necessidades e idiossincrasias.
O reconhecimento do adulto sobre este aspecto influencia diretamente
tanto nos chamados rituais cotidianos, como também para o
desenvolvimento psíquico e emocional da criança. Torna-se importante,
portanto, saber observar a criança para entender suas individualidades.
A segurança afetiva é então construída diariamente, por meio do
vínculo entre cuidador e bebê, além da repetição das ações que conferem
certa estabilidade na relação.
O olhar, a comunicação verbal e os gestos durante as atividades
diárias, como alimentação, banho e soneca, são essenciais para a criação
desse laço. Cada um desses aspectos possui uma técnica especifica,
segundo a Abordagem Pikler e seus fundamentos.
Motricidade livre e conquistas
Como citado anteriormente, os bebês possuem expectativas. A
motricidade livre permite que os bebês desenvolvam aspectos de postura
corporal próprios, conscientes, harmônicos e seguros. Isso acontece,
pois parte da vontade da própria criança e não como uma interferência
externa originada do adulto.
Emmi Pikler trata também da relação entre o ambiente, outras crianças
ou adultos e objetos, quando cita que “a saúde somática e psíquica, a
noção de interação do indivíduo com seu meio se integram
indissociavelmente e naturalmente desde o começo”.
No ambiente livre, as crianças brincam, exploram objetos, texturas e
possibilidades, de forma tranquila e ao mesmo tempo ativa. É possível
observar, por exemplo, bebês que caminham de forma segura pelo ambiente
preparado para sua segurança, relacionam-se de forma consciente com
objetos e outras crianças, sempre de forma tranquila e autônoma.
O papel do adulto, portanto, não é de interferir nas atividades das
crianças ou estimular suas brincadeiras, mas de garantir que elas
encontrem segurança e apoio.
Só assim serão encorajadas a explorarem e aprenderem cada vez mais
sobre este mundo, crescendo para serem jovens e adultos independentes,
além de saudáveis física e psicologicamente.
Fonte: http://www.aegisconsultoria.com.br/blog/os-2-principios-da-abordagem-pikler-para-humanizacao-e-cuidado-com-bebes/
Adaptações: Heloisa Pedroza Lima
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