Bebês deveriam engatinhar mais, afirma estudo
Da BBC Brasil
Um estudo realizado por especialistas em desenvolvimento
infantil revela que os bebês passam cada vez mais tempo sentados e ficam menos
no chão, o que pode impedir a oportunidade de engatinhar e prejudicar o
aprendizado da fala e da escrita.
Para Sally Goddard Blythe, que liderou o estudo, isso se deve ao uso excessivo de artigos modernos como assentos de carro e cadeiras especiais para bebês. Segundo a autora, estes artigos impedem a criança de brincar livremente com o corpo.
"Os bebês são colocados na posição sentada de forma passiva, e não natural", afirma Blythe, diretora do Instituto de Psicologia Neurofisiológica de Chester, na Inglaterra.
"O chão é o primeiro parquinho da criança e ficar de bruços ajuda na postura, aumenta o campo visual e o equilíbrio", afirma a especialista. "Há 20 ou 30 anos as crianças passavam muito mais tempo debruçadas."
A pesquisa, realizada pelo departamento de neurofisiologia do instituto, analisou o impacto das mudanças sociais dos últimos 50 anos na infância.
Aprendizado
O estudo foi realizado com base nos resultados de uma pesquisa publicada pela autora em 1998 na revista científica British Journal of Occupational Therapy. O estudo examinou o desenvolvimento de dois grupos de 70 crianças com idade entre 8 e 10 anos.
O primeiro grupo apresentava dificuldades de leitura e escrita e o segundo não apresentava problemas de aprendizado.
Os resultados apontaram diferenças significativas no histórico de desenvolvimento. As crianças com dificuldades haviam engatinhado menos e teriam começado a andar mais tarde que as do primeiro grupo.
Apesar dos resultados, a autora afirma que apenas deixar de engatinhar não determina o futuro aprendizado da criança.
"Alguns bebês que não engatinharam acabam não tendo problemas, enquanto alguns que engatinharam poderão apresentar dificuldades", afirma.
Para ela, "a principal questão é descobrir o porquê os bebês falharam em engatinhar e descobrir se a omissão pode causar outros problemas de desenvolvimento".
Benefícios
A autora aponta que engatinhar representa um marco no desenvolvimento da criança e é um exercício motor importante. A atividade treina a coordenação visual para os movimentos que mais tarde a criança vai usar para ler e escrever. Além disso, "engatinhar alinha os segmentos da espinha, preparando a criança para ficar em pé e andar", afirma.
Os resultados da pesquisa serão publicados em 2008 no livro 'What Babies and Children Really Need' (O que bebês e crianças realmente precisam, em português).
Para Sally Goddard Blythe, que liderou o estudo, isso se deve ao uso excessivo de artigos modernos como assentos de carro e cadeiras especiais para bebês. Segundo a autora, estes artigos impedem a criança de brincar livremente com o corpo.
"Os bebês são colocados na posição sentada de forma passiva, e não natural", afirma Blythe, diretora do Instituto de Psicologia Neurofisiológica de Chester, na Inglaterra.
"O chão é o primeiro parquinho da criança e ficar de bruços ajuda na postura, aumenta o campo visual e o equilíbrio", afirma a especialista. "Há 20 ou 30 anos as crianças passavam muito mais tempo debruçadas."
A pesquisa, realizada pelo departamento de neurofisiologia do instituto, analisou o impacto das mudanças sociais dos últimos 50 anos na infância.
Aprendizado
O estudo foi realizado com base nos resultados de uma pesquisa publicada pela autora em 1998 na revista científica British Journal of Occupational Therapy. O estudo examinou o desenvolvimento de dois grupos de 70 crianças com idade entre 8 e 10 anos.
O primeiro grupo apresentava dificuldades de leitura e escrita e o segundo não apresentava problemas de aprendizado.
Os resultados apontaram diferenças significativas no histórico de desenvolvimento. As crianças com dificuldades haviam engatinhado menos e teriam começado a andar mais tarde que as do primeiro grupo.
Apesar dos resultados, a autora afirma que apenas deixar de engatinhar não determina o futuro aprendizado da criança.
"Alguns bebês que não engatinharam acabam não tendo problemas, enquanto alguns que engatinharam poderão apresentar dificuldades", afirma.
Para ela, "a principal questão é descobrir o porquê os bebês falharam em engatinhar e descobrir se a omissão pode causar outros problemas de desenvolvimento".
Benefícios
A autora aponta que engatinhar representa um marco no desenvolvimento da criança e é um exercício motor importante. A atividade treina a coordenação visual para os movimentos que mais tarde a criança vai usar para ler e escrever. Além disso, "engatinhar alinha os segmentos da espinha, preparando a criança para ficar em pé e andar", afirma.
Os resultados da pesquisa serão publicados em 2008 no livro 'What Babies and Children Really Need' (O que bebês e crianças realmente precisam, em português).
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