Quando damos autonomia às crianças, há um impacto positivo na função
executiva, um dos pilares do desenvolvimento cognitivo. Essa função
engloba a memória de trabalho, raciocínio, capacidade de resolução de
problemas e flexibilidade de tarefas, além da capacidade de planejamento
e execução de atividades.
Você pode até achar exagero dar autonomia ao bebê desde pequeno. Mas
trata-se de um processo gradual, que vai se desenvolvendo à medida que ele realiza novas conquistas e adquire condições que contribuem
pouco a pouco para que ele se torne independente. “Nós não ‘damos’
autonomia a uma criança, nós vamos ensinando e deixando que ela tente
resolver questões, situações e conflitos nos quais houve uma orientação
prévia, para que possamos reforçar os conceitos educativos e valores
morais ensinados anteriormente. Neste sentido, a escolha da criança não é
autônoma, mas supervisionada por pais ou responsáveis”, explica a
psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP).
Por isso, não se assuste: incentivar essa independência da criança é
muito diferente de deixá-la tomar decisões e fazer escolhas por conta
própria. “Esse estímulo desde bebê é extremamente desejável. Para um
desenvolvimento psicológico saudável é necessário que se interaja com o
ambiente e que este o desafie, isto é: propor à criança situações que estimulem a busca ativa por soluções”, explica o psicólogo e neurocientista Hudson de Carvalho, do Código da Mente.
Isso quer dizer que você deve estar ao lado da criança, orientando no
que for possível, incentivando a realização de tarefas e propondo novos
desafios, sempre permitindo que ela supere seus limites e explore o
ambiente, dentro do que for seguro. “Dar espaço e oportunidade ao bebê é
um ato de amor, cuidado e desprendimento”, explica o psicólogo Hudson.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com
Texto adaptado por Heloisa Pedroza Lima
Imagem da Net
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