Atividades na área externa fazem muito bem às crianças e devem ser contempladas na rotina diária dos pequenos. Nestes momentos eles exploram os espaços e equipamentos, escolhem seus parceiros, criam suas brincadeiras, conversam e trocam experiências. Mas e o professor, qual o seu papel neste momento? Será somente de observar as crianças evitando que elas se machuquem?
Veja o que diz o texto publicado no site Gestão escolar.

Há
 algum tempo, participei de uma formação numa escola com um docente da 
área de Educação Física com especialização em Educação Infantil. Uma das
 primeiras tarefas que tivemos que fazer foi um trabalho de campo para 
observar as crianças no momento do parque e anotar do que elas 
brincavam.
Ao fazer o que foi solicitado pelo formador, ficamos surpresos ao ver que a lista de brincadeiras era bem pequena:
- Futebol;
 - Brinquedos como gira-gira, escorregador e balanço;
 - Corre-corre com tentativa de organizá-lo como jogo.
 
Quando
 voltamos para a sala, o formador havia escrito uma lista enorme no 
quadro e nos perguntou quais daquelas brincadeiras poderiam estar 
acontecendo lá fora. Respondemos que todas elas poderiam. Por que, 
então, não aconteciam se brincar é a atividade natural da criança?
A resposta era bem simples: elas não sabiam que aquelas brincadeiras existiam!
O momento de parque também precisa de planejamento
 Quem
 atua com as turmas de 1, 2 ou 3 anos sabe que precisará ensinar muitas 
coisas para os pequenos. Entre elas, está como fazer o movimento de 
impulso no corpo para a balança se movimentar, como se sentar e se 
segurar no gira-gira, como utilizar a gangorra… Enfim, mostrar como 
brincar corretamente e com segurança em todos os brinquedos disponíveis.
 Já vi professor fazer sequência de atividades para a turma de 3 anos 
aprender a pular corda. No final do semestre, todos tinham aprendido!
Muitas
 vezes, as crianças de 4 e 5 anos também precisam de orientação. Já vi 
muitas delas sem saber como subir e descer com autonomia do 
escorregador. E só descobrimos tudo isso observando a turma.
Portanto,
 para o momento do parque, é importante organizar e disponibilizar 
materiais variados, como bolas, cordas, petecas, giz para riscar 
amarelinha, entre outros. Isso também é intervenção pedagógica. Além 
disso, não vale ficar sempre sentado no pátio apenas conversando com os 
colegas e dando uma olhada para garantir que as crianças estão bem.
Isso
 não significa, porém, que o professor tem sempre que direcionar as 
atividades durante o momento do parque. É muito mais produtivo ensinar 
os jogos numa outra hora da rotina, como o tempo destinado ao eixo de 
Movimento. Uma vez que a turma tenha aprendido, certamente as 
brincadeiras acontecerão naturalmente.
Uma proposta de organização
O
 momento de parque é sempre mais bacana se as turmas estão juntas. 
Assim, todos os professores dividem a responsabilidade de 
supervisioná-las e orientá-las em determinados locais ou brinquedos. 
Para garantir que isso sempre aconteça, organizamos um cronograma 
semanal na escola (clique aqui para ver).
O
 mais importante é que as orientações de cada brinquedo ou espaço foram 
elaboradas coletivamente, com a presença de professores e estagiários, 
durante uma formação sobre a importância de brincar e a conquista da 
autonomia. Por isso, além de muito formativo, o documento é seguido 
rigorosamente por todos os educadores.
E na sua escola, existe um planejamento para o momento do parque? Compartilhe conosco!
Abraços, Leninha
Fonte: Gestão Escolar. Publicado em  21 de Outubro 2014. Texto adaptado por Heloisa Pedroza Lima. 
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